Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1959 (Argentina) – Wikipédia, a enciclopédia livre

XXVI Campeonato Sul-Americano
Argentina 1959
Dados
Participantes 7
Organização CONMEBOL
Anfitrião Argentina
Período 7 de março4 de abril
Gol(o)s 86
Partidas 21
Média 4,1 gol(o)s por partida
Campeão Argentina (12º título)
Vice-campeão Brasil
Melhor marcador Brasil Pelé – 8 gols
Melhor ataque (fase inicial) Argentina – 19 gols
Melhor defesa (fase inicial) Argentina – 5 gols
Maior goleada
(diferença)
Uruguai 7 – 0 Bolívia
Monumental de NúñezBuenos Aires
8 de março
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O Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1959, foi a 26ª edição da competição entre seleções da América do Sul. Foi realizada em Buenos Aires na Argentina entre os dias 7 de março e 4 de abril de 1959.

Participaram da disputa sete seleções: Argentina, Brasil, Chile, Bolívia, Paraguai, Peru e Uruguai. As seleções jogaram entre si em turno único.

A Argentina foi campeã. Com a debandada dos jogadores locais para o futebol europeu e o fiasco da participação na Copa do Mundo FIFA de 1958, a Argentina apresentou uma geração renovada com jovens jogadores locais. No entanto, o futebol pragmático não agradou. Conforme análise da revista El Gráfico: "Se gano: falta jugar mejor". [1]

O Brasil era favorito ao título e apresentou a equipe que conquistou a Copa do Mundo FIFA de 1958. No entanto, o empate na estreia contra o Peru pesou na campanha. Embora tenha terminado invicto, por ser pontos corridos, o Brasil ficou com o vice campeonato. Pelé foi o artilheiro e melhor jogador da competição. Essa foi a única Copa América que Pelé disputou.[2]

Organização[editar | editar código-fonte]

Antes do torneio começar, os campeões do mundo de 1958 eram os destaques

Sede[editar | editar código-fonte]

Buenos Aires
Estádio Monumental de Núñez
Capacidade: 80 000

Árbitros[editar | editar código-fonte]

  • Argentina Luis Ventre.
  • Brasil Alberto Da Gama Malcher.
  • Chile Carlos Robles.
  • Paraguai Isidro Ramírez.
  • Peru Alberto Tejada.
  • Uruguai Washington Rodríguez.

Seleções Participantes[editar | editar código-fonte]

Resultados1[editar | editar código-fonte]

Na imprensa argentina o tema da competição era a renovação


↑1 Todos os jogos realizados no Estádio Monumental de Núñez.


O jogo do título[3][editar | editar código-fonte]

4 de abril Argentina Argentina 1 – 1 Brasil Brasil Monumental de Núñez, Buenos Aires

Pizutti Gol marcado aos 40 minutos de jogo 40' Relatório Pelé Gol marcado aos 58 minutos de jogo 58' Público: 85 000
Árbitro: Chile Carlos Robles

Argentina: Negri; Griffa (Cardoso) e Murúa; Lombardo (Simeone), Cap e Mouriño; Nardiello, Pizzuti, Sosa, Callá (Rodríguez) e Belén. Técnicos: José Barreiro, Torre e Victorio Spinetto

Brasil: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Coronel, Dino Sani e Orlando; Garrincha, Didi, Paulinho, Pelé e Chinesinho. Técnico: Vicente Feola


Classificação Final[editar | editar código-fonte]

Pos Seleção Pts J V E D GP GC SG
Argentina Argentina 11 6 5 1 0 19 5 14
Brasil Brasil 10 6 4 2 0 17 7 10
Paraguai Paraguai 6 6 3 0 3 12 12 0
Peru Peru 5 6 1 3 2 10 11 -1
Chile Chile 5 6 2 1 3 9 14 -5
Uruguai Uruguai 4 6 2 0 4 15 14 1
Bolívia Bolívia 1 6 0 1 5 4 23 -19


Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1959

Argentina
Campeão
(12º título)


Goleadores[editar | editar código-fonte]

Jogador Seleção Gols
Pelé BrasilBRA 8
José Raúl Aveiro ParaguaiPAR 6
Miguel Loayza ArgentinaARG 5
Paulo Valentim BrasilBRA 5
Rubén Héctor Sosa BrasilBRA 4
José Sasía UruguaiURU 4

Melhor jogador do torneio[editar | editar código-fonte]

Campanha do Brasil[editar | editar código-fonte]

O Brasil estreou contra o Peru. Depois de abrir 2 a 0, a equipe sofreu o surpreendente empate. Henrique chuta, a bola desvia em um peruano e sobra para Didi. 1 a 0. Zagallo cruza e Pelé de cabeça. 2 a 0. Seminário chuta, Castillo espalma e Zoya faz. 2 a 1. Seminário em jogada individual. 2 a 2. [5] Brasil 3 a 0 no Chile. Dorval para Pelé. 1 a 0. Henrique fez tabela com Pelé, o rei driblou o goleiro e fez o segundo. Pelé para Didi. 3 a 0.[6] O Brasil ganhou da Bolívia por 4 a 2. Santos de falta abriu o placar para os bolivianos. Zagallo cruzou, o goleiro segurou, mas largou o couro e Pelé, oportunista, empurrou para as redes. 1 a 1. Garrincha cruzou e Paulinho desempatou. 2 a 1. Ugarte para Aramayo. 2 a 2. Pelé para Paulinho. 3 a 2. Zagallo cruza e Didi finaliza. 4 a 2.[7]

O Brasil venceu o Uruguai. 3 a 1. De Marco cobra falta para Escalada de bate e pronto. 0 a 1. Paulinho pega um rebote da defesa, arranca e chuta. 1 a 1. Pelé cruza e Paulinho de cabeça. 2 a 1. Djalma Santos para Paulinho. 3 a 1.[8] Brasil 4 a 1 Paraguai. Paródi abriu o escore. 0 a 1. Paulinho chuta e Pelé entra de cabeça. 1 a 1. Paulinho para Chinesinho. 2 a 1. Passe de Paulinho para Pelé. Centro de Paulinho para Pelé. 4 a 1.[9]

Na última partida, o Brasil necessitava vencer a Argentina em Buenos Aires. O jogo foi muito amarrado. O Brasil fez 20 faltas, a Argentina 32 faltas. O Brasil teve superioridade em escanteios (7 a 0) e ataques (31 a 28), mas os relatos afirmam que foi um jogo equilibrado. A Manchete Esportiva criticou a performance de Garrincha no torneio e elogiou as atuações de Djalma Santos. [10] Pizutti abriu o placar de cabeça ao receber cruzamento de Belen. Garrincha cruzou e Pelé empatou. O Diário de Notícias criticou a insegurança de Gilmar e acusou o time de ser apático no jogo decisivo. [11]

O desempenho de Paulo Valentim na competição levou a ser contratado pelo Boca Juniors em 1960, assim como ocorrera com Heleno de Freitas no Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1945.

Artilharia[editar | editar código-fonte]