Campanha de Quivu do Norte de 2008 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Campanha de Quivu do Norte de 2008
Guerra do Quivu

Aldeões fugindo de Kibati.
Data 26 de outubro de 2008[1] – 23 de março de 2009
Local Leste de Quivu do Norte, República Democrática do Congo
Situação Vitória do governo congolês.
Beligerantes
Congresso Nacional para a Defesa do Povo  República Democrática do Congo
Nações Unidas MONUC
República Democrática do Congo Mai-Mai (até 18 de novembro)
Ruanda Forças Democráticas pela Libertação de Ruanda
 Angola[2]
 Zimbabwe[3]
Comandantes
Laurent Nkunda República Democrática do Congo Joseph Kabila
Nações Unidas Tenente-General Babacar Gaye
República Democrática do Congo Sikuli Lafontaine (Comandante Mai-Mai)
Ruanda Ignace Murwanashyaka
Angola José Eduardo dos Santos
Zimbabwe Robert Mugabe
Forças
6.000[4] 20.000 (governo)[5]
6.000 (Nações Unidas) (com 1000 em Goma)[4]
3.500 (Mai-Mai)[4]
6000-7000 (rebeldes hutus ruandeses)[4]
Baixas
desconhecida 3+ soldados mortos (exército),
4 soldados feridos (ONU)
~ 60 combatentes mortos (Mai-Mai)
Mais de 100 civis mortos[6]

A campanha de Quivu do Norte de 2008 foi um conflito armado na província de Quivu do Norte, leste da República Democrática do Congo. O recrudescimento da violência na Guerra do Quivu conduziu batalhas pesadas entre as Forças Armadas da República Democrática do Congo, apoiadas pelas Nações Unidas, e os rebeldes tutsis sob o comando do general Laurent Nkunda.

Os combates, que começaram em 25 de outubro, desarraigaram 250.000 civis - elevando o total de pessoas desalojadas pelo conflito do Quivu do Norte para mais de 2 milhões.[7][8] A campanha causou distúrbios civis generalizados[9] e grande escassez de alimentos[8], o que levaria as Nações Unidas a considerarem a situação como "uma crise humanitária de dimensões catastróficas".[10] Depois de uma semana, um cessar-fogo foi ordenado pelas forças rebeldes entre os distúrbios civis e militares em Goma. A captura rebelde de todo o território ao redor de Goma criou uma atmosfera de paz muito frágil, causou enormes danos políticos e questionou a eficácia das forças de manutenção da paz ali instaladas. Após um breve cessar-fogo ordenado pelo general rebelde Laurent Nkunda, os combates reiniciariam em 17 de novembro, após o qual um segundo cessar-fogo entrou em vigor em 19 de novembro. Uma zona-tampão entre as linhas rebeldes e governamentais, conhecida como "corredor de ajuda humanitária", foi criada em 23 de novembro para permitir o transporte de ajuda para centros civis isolados. Em 9 de dezembro, começaram as negociações de paz bilaterais entre as delegações do governo congolês e os rebeldes de Nkunda. Os grandes combates diminuíram após a captura de Nkunda em janeiro de 2009.

O contínuo estado de conflito que afeta a República Democrática do Congo desde 1997 é considerado o mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial, com agências de ajuda humanitária estimando uma taxa de mortalidade entre 1.200 e 1.400 civis por dia.[11]

Referências

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