Caio Mânlio Valente – Wikipédia, a enciclopédia livre

Caio Mânlio Valente
Cônsul do Império Romano
Consulado 96 d.C.
Nascimento 6 d.C.
Morte 96 d.C.

Caio Mânlio Valente (em latim: Gaius Manlius Valens; 696 (90 anos))[1] foi um senador romano eleito cônsul em 96 com Caio Antíscio Veto[2]. As fontes divergem a respeito de seu prenome. Diversas inscrições atestam que era "Tito",[3] mas Dião Cássio e os Fastos Ostienses afirmam que era "Caio".

Carreira[editar | editar código-fonte]

Com 45 ou 46 anos de idade, Valente já era um legado mais velho do que a média para um comandante de uma legião na Britânia quando o governador Públio Ostório Escápula. Não se sabe definitivamente qual era a legião: a Legio II Augusta já foi proposta, mas Anthony Birley acredita que a Legio XX Valeria Victrix é mais provável.[2] Apesar do imperador Cláudio ter rapidamente selecionado um substituto, Aulo Dídio Galo, os siluros derrotaram a legião de Valente no intervalo de tempo entre a morte de Escápula e a chegada de Galo.[4]

A derrota na Britânia provavelmente atrasou sua carreira, pois Mânlio Valente não aparece mais no registro histórico até o final do reinado de Nero, quando tornou-se legado da recém-formada I Italica, em Lugduno, o que, nas palavras de Barley, fez de Valente, "aos sessenta e dois ou sessenta e três, o mais velho legado legionário conhecido".[2] Durante o ano dos quatro imperadores (69), Valente e sua legião apoiaram Vitélio,[5] mas ele não caiu nas graças do imperador por que Fábio Valente o difamava por trás de suas costas.[6] Como a I Italica estava presente nas duas batalhas em Bedríaco, é provável que Valente tenha participado de uma ou das batalhas. Porém, com o sucesso de Vespasiano, Valente se retirou da vida pública.

O motivo pelo qual Domiciano o selecionou para o consulado em 96, sabendo que ele era um inimigo de seu pai, é um mistério.[2] Ele morreu no ano de seu consulado.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Domiciano XVII

com Tito Flávio Clemente
com Lúcio Nerácio Marcelo (suf.)
com Aulo Búcio Lápio Máximo II (suf.)
com Públio Ducênio Vero (suf.)
com Quinto Pompônio Rufo (suf.)
com Lúcio Bébio Tulo (suf.)

Caio Mânlio Valente
96

com Caio Antíscio Veto
com Quinto Fábio Postúmino (suf.)
com Tito Priférnio (suf.)
com Tibério Cácio Césio Frontão (suf.)

Sucedido por:
Nerva III

com Lúcio Vergínio Rufo III
com Cneu Árrio Antonino II (suf.)
com Caio Calpúrnio Pisão (suf.)
com Marco Ânio Vero (suf.)
com Lúcio Nerácio Prisco (suf.)
com Lúcio Domício Apolinário (suf.)
com Sexto Hermetídio Campano (suf.)
com Quinto Glício Atílio Agrícola (suf.)
com Lúcio Pompônio Materno (suf.)
com Públio Cornélio Tácito (suf.)
com Marco Ostório Escápula (suf.)


Referências

  1. Dião Cássio, História Romana LXVII.14
  2. a b c d Anthony Birley, The Fasti of Roman Britain (Oxford: Clarendon Press, 1981), p. 230
  3. CIL VI, 17707
  4. Tácito, Anais XII.40
  5. Tácito, Anais I.59
  6. Tácito, Anais I.64