Caio Flávio Fímbria – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com seu pai, Caio Flávio Fímbria, cônsul em 104 a.C..

Caio Flávio Fimbria (? - 84 a.C.), político e militar da República Romana, violento partidário de Caio Mário. Era filho de Caio Flávio Fímbria, que foi cônsul, em 104 a.C., junto com Mário.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 87 a.C., durante a guerra civil entre Populares (liderados por Mário) e Optimates (liderados por Sulla), Fímbria comandou uma tropa de cavalaria que matou o filho mais velho de P. Licínio Crasso - pai do futuro triúnviro [1] - que, em seguida, cometeu suicídio. É possível que ele também tenha levado à morte alguns membros da família Júlia.[2]

Em 86 a.C., Fimbria foi enviado à província da Ásia, para combater Mitrídates VI do Ponto, como legado do cônsul sufecto,[3] Lúcio Valério Flaco, mas brigou com ele e foi demitido. Aproveitando a ausência de Flaco em Calcedônia e o descontentamento suscitado por sua avareza e severidade, Fimbria semeou a revolta entre os soldados e matou Flaco, em Nicomédia.[4] Assumindo o comando do exército, derrotou as tropas de Mitrídates no rio Ríndaco e só não o capturou em Pitane, por lhe ter faltado o indispensável apoio da frota de Lúculo.

Fimbria tratou cruelmente todos os povos da Ásia que se haviam revoltado contra Roma ou aderido a Sula. Tendo obtido a rendição de Troia,[5] declarando que os romanos descendiam dos troianos homéricos e, como tal, eram amigos, tão logo os portões da cidade lhe foram abertos, massacrou todos os moradores e queimou o lugar até o chão. Mas em 84 a.C., Sulla passou da Grécia para a Ásia, fez a paz com Mitrídates, e virou suas armas contra Fimbria, que, encurralado, não vendo possibilidade de fuga, suicidou-se [6]

Notas e referências

  1. Marco Licínio Crasso, que dividiu o Primeiro Triunvirato com Pompeu e Caio Júlio César
  2. A família de Caio Júlio César.
  3. Cônsul Sufecto: Substituto nomeado pelo senado para completar o mandato de um cônsul, por motivo de morte, renúncia ou incapacitação.
  4. Memnon de Heracleia, Livros XV e XVI, citado por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
  5. Possivelmente, Troia IX, onde Alexandre teria feito um sacrifício dedicado a Aquiles, de quem se julgava descendente.
  6. Apiano. História de Roma. 12.9..60

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Encyclopædia Britannica, Eleventh Edition