Benu – Wikipédia, a enciclopédia livre

Bennu

G31
 
G32
Benu
Bennu, retratado como uma garça de Heron.
Nascimento
Adorado em Heliópolis

Benu (do verbo egípcio ueben, "brilhar", "erguer"), também grafado Bennu, era na mitologia egípcia uma ave legendária parecida à extinta garça de Heron (Ardea bennuides).

Em algumas representações artísticas, o Benu tinha sobre a cabeça a coroa branca do Alto Egito acompanhada por duas plumas altas, formando a coroa atef.

Não se sabe muito sobre o culto ao Benu, exceto que estava centrado em Heliópolis.

Este animal era considerado como o ba (alma) do deus (o sol, na sua forma de Atum) quando este surgira no momento da criação do mundo pousando na pedra Benben, a primeira porção de terra emersa das águas primordiais, identificadas ao Deus Nun, tendo dado origem à vida. A ave era vista, em outros casos, como o ba (alma) de Osíris, surgida após a morte do deus nas mãos de Seti.

Segundo outro mito egípcio, uma gansa, conhecida como a "Grande Grasnadora", põe o primeiro ovo, do qual sai Benu.

Os antigos Gregos identificaram este animal com a fénix. Segundo Heródoto o Benu surgia apenas cada quinhentos anos, trazendo o corpo do pai falecido. De acordo com outros autores antigos, a ave criava um fogueira na qual perecia e a partir da qual surgia uma nova ave.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CASTEL, Elisa - Gran Diccionario de Mitología Egipcia. Madrid: Aldebarán, 2001. ISBN 84-95414-14-7
  • Dicionário do Antigo Egipto. Direcção de Luís Manuel de Araújo. Lisboa: Editoral Caminho, 2001. ISBN 972-21-1447-6.