Batalha de Queroneia (87 a.C.) – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Batalha de Queroneia.
Batalha de Queroneia
Primeira Guerra Mitridática
Data 87 a.C.
Local Queroneia, na Beócia
Coordenadas 38° 30' 3.6" N 22° 51' 50.4" E
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
República Romana República Romana   Reino do Ponto
Comandantes
República Romana Quinto Brútio Sura   Arquelau
  Aristião
Queroneia está localizado em: Grécia
Queroneia
Localização de Queroneia no que é hoje a Grécia

A Batalha de Queroneia foi travada em 87 a.C. entre as forças da República Romana e as do Reino do Ponto no contexto da Primeira Guerra Mitridática. Depois de três dias de combates, os romanos foram vencedores.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Tudo isto aconteceu enquanto Sula estava treinando e recrutando um exército em Brundísio para seguir para o oriente para enfrentar o próprio Mitrídates VI. Em Roma, Caio Mário, adversário de Sula, ainda tentava obter o comando da guerra e convenceu o tribuno da plebe Públio Sulpício Rufo a convocar uma sessão extraordinária do Senado para cancelar o senatus consultum que havia dado o comando da guerra a Sula. Este, ao saber da movimentação em Roma, tomou uma decisão sem precedentes: à frente de seis legiões leais a ele, Sula marchou e capturou a cidade de Roma, algo que nenhum general antes havia feito. Depois de expulsar os líderes dos populares e consolidar sua posição, Sula embarcou para a Grécia com cinco legiões.

Batalha[editar | editar código-fonte]

Enquanto isto, a primeira intervenção romana para interromper o avanço das forças pônticas na Grécia foi feito pelo legado do governador da província da Macedônia, Quinto Brútio Sura, que marchou com um pequeno exército e conseguiu uma vitória naval, na qual afundou um grande navio de transporte de tropas (hemiolia) com a perda de todos os tripulantes[1]. Seguindo adiante com sua frota, Sura tomou a ilha de Escíato, um covil de piratas, onde crucificou os escravos e cortou as mãos dos libertos fugidos e que estavam ali refugiados.

Finalmente, seu exército chegou à Beócia, onde recebeu um reforço de 1 000 homens, entre cavaleiros e infantes, vindos da Macedônia. Perto de Queroneia, Sura combateu por três dias contra o general pôntico Arquelau e o tirano de Atenas Aristião, mas sem um resultado decisivo. Quando os espartanos e aqueus chegaram para apoiar o exército pôntico, Brútio preferiu se retirar para Pireu, onde permaneceu até que Arquelau se aproximou com sua frota e obteve a rendição da cidade[2]. Segundo Plutarco, Lúcio Licínio Lúculo ordenou que ele voltasse então para sua província e entregasse o comando da guerra ao recém-chegado Lúcio Cornélio Sula[1]. Imediatamente Sula iniciou o Cerco de Atenas e Pireu contra Arquelau e Aristião[3] . As duas cidades cairiam no ano seguinte[4].

Referências

  1. a b Plutarco, Vidas Paralelas, Vida de Sula 11.
  2. Apiano, História Romana, Guerras Mitridáticas 29.
  3. Apiano, História Romana, Guerras Mitridáticas 30.
  4. Lívio, Periochae Ab Urbe Condita 81.1.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Antonelli, Giuseppe (1992). «Mitridate, il nemico mortale di Roma». Milão. Il Giornale - Biblioteca storica (em italiano) (49) 
  • Brizzi, Giovanni (1997). Storia di Roma. 1. Dalle origini ad Azio (em italiano). [S.l.]: Bolonha 
  • Piganiol, André (1989). Le conquiste dei Romani (em italiano). Milão: [s.n.]