Batalha de Kilinochchi em 2008-2009 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Kilinochchi
Guerra civil do Sri Lanka

Kilinochchi
Local Kilinochchi, norte do Sri Lanka
Desfecho Vitória do Exército do Sri Lanka
Beligerantes
Forças Armadas do Sri Lanka Tigres da Libertação do Tamil Eelam
Comandantes
Gen. Sarath Fonseka
Maj. Gen. Jagath Jayasuriya
Maj. Gen. Jagath Dias[1]
Brig. Shavendra Silva
Velupillai Prabhakaran
Coronel Bhanu
Coronel Theepan
Lawrence
Baixas
Desconhecido Desconhecidos

A batalha de Kilinochchi foi uma batalha travada entre as Forças Armadas do Sri Lanka e os Tigres da Libertação do Tamil Eelam (LTTE), conhecidos simplesmente como Tigres Tâmeis, para controlar a cidade de Kilinochchi. A batalha faz parte do episódio do norte da guerra de Eelam IV, durante a guerra civil do Sri Lanka, e que decorreu entre novembro de 2008 e janeiro de 2009. A cidade de Kilinochchi foi a sede administrativa e a capital de facto do Tamil Eelam, um estado proposto pelos Tigres Tâmeis que seria resultado de uma possível independência das regiões do Sri Lanka habitadas pelos tamêis.

O Exército do Sri Lanka conduziu uma ofensiva durante os meses de novembro de dezembro de 2008. Somente em dezembro, foram realizadas três tentativas de retomar a cidade. Isto foi negado pelos Tigres Tâmeis, e ambos os lados disseram ter provocado grandes perdas no outro lado do conflito, e disseram que sofreram apenas pequenos danos e perdas humanas.[2] A Força Aérea do Sri Lanka lançou ataques aéreos contra posições dos Tigres em Kilinochchi, ataques vindos do norte, do sul, e do oeste da cidade. Como consequência, os Tigres se retiraram para pontos situados em selvas próximas. Mahinda Rajapaksa, o presidente do Sri Lanka, disse mais tarde que as Forças Armadas tinham capturado o controle da cidade, e exigiu a rendição e a entrega das armas por parte dos Tigres Tâmeis.[3] Porém, os Tigres Tâmeis disseram para o Exército que as tropas aliadas ao governo tinham tomado para si uma "cidade fantasma" após a retirada das forças dos Tigres de Kilinochchi, e disse que o grupo militar tinha apenas perdas insignificativas.[2][4]

Após a captura de Kilinochchi, vários governos estrangeiros exigiram que ambas as partes busquem uma solução política.[5] A Bolsa de Valores de Colombo registrou alta expressiva, e a rúpia do Sri Lanka se estabilizou.[6] Celebrações e festas, incluindo queima de fogos de artifício, aconteceram em ruas de várias cidades do Sri Lanka após a queda de Kilinochchi.[7] Porém, um ataque suicida ocorreu em frente ao Quartel General do Exército em Colombo, durante as celebrações, e matou 3 pessoas e feriu outras 30. Subsequentemente, o Exército continuou a avançar no território antes ocupado pelos Tigres Tâmeis, capturando outros locais estratégicos, incluindo a Passagem do Elefante e toda a trajetória da autoestrada A9.

História e plano de fundo[editar | editar código-fonte]

O Exército do Sri Lanka retirou-se de Kilinochchi em 1990, possibilitando aos Tigres Tâmeis a tomarem controle da cidade pela primeira vez. O Exército retomou a cidade durante as operações Sathjaya I, II e III em setembro de 1996. Porém, os Tigres Tâmeis lançaram a Operação Ondas Incessantes II em setembro de 1998 e capturou a cidade novamente, forçando o Exército a se retirar da cidade. A batalha causou grandes perdas humanas em ambos os lados, e a perda foi descrita pelo então porta-voz das Forças Armadas, o Brigadeiro Sunil Tannakoon, como "o maior golpe depois da batalha de Mullaitivu".[8]

Embora Kilinochchi não seja um local estratégico importante em termos de operações militares, a cidade tem uma importância significativa, pois os Tigres Tâmeis a usam como a capital de facto de Tamil Eelam, o nome do estado pelo qual os Tigres Tâmeis queriam a independência.[9] Segundo Vinayagamoorthy Muralitharan, mais conhecido como "Coronel Karuna", um ex-comandante dos Tigres Tâmeis, a cidade de Kilinochchi era importante porque simbolizava a instituição e a supremacia dos Tigres Tâmeis.[10] De acordo com o governo do Sri Lanka, todas as áreas administrativas da cidade estavam sob as mãos de autoridades governamentais, apesar dos Tigres estivessem com o controle da cidade.[11][12]

Capital administrativa[editar | editar código-fonte]

Após 2002, os Tigres Tâmeis usaram Kilinochchi como sede administrativa do território controlado pela organização. Os Tigres Tâmeis estabeleceram um centro policial, uma secretaria de paz e um banco nas áreas sob controle, e Kilinochchi foi a sede administrativa destas instituições.[13] Os Tigres Tâmeis também estabeleceram e implementaram um sistema judicial que se consistia de cortes de distrito, altas cortes e a suprema corte, assim como a corte de apelação. A suprema corte também estava localizada em Kilinochchi.[14][15][16][17]

Preparativos[editar | editar código-fonte]

Após a captura da Província do Leste dos Tigres Tâmeis, o Exército avançou rapidamente para a Província do Norte. A cidade de Kilinochchi era o grande alvo das tropas durante a ofensiva.[9] Com o avanço do Exército em várias frentes, a Divisão 57 e a Força Tarefa 1 (agora conhecida como Divisão 58) operaram na frente de batalha de Kilinochchi com o objetivo de capturar a cidade. O Major General Jagath Jayasuriya, o Comandante das Forças de Segurança de Wanni, liderou toda a operação. Ambas as divisões avançaram para o oeste do país; a Divisão 57 aproximou-se de Kilinochchi do sul e do oeste, enquanto que a Força Tarefa 1 seguiu para norte e capturou outras fortificações importantes dos Tigres com o objetivo de convergir para a cidade a partir do norte.[18] No começo de outubro, toda a população de Kilinochchi deixou a cidade, e as instituições dos Tigres Tâmeis sediadas na cidade foram transferidas para Tharmapuram, uma pequena vila a cerca de 13 km de Kilinochchi.[19][20]

A Divisão 57, liderada pelo Major General Jagath Dias, capturou a localidade de Akkarayankulam em 18 de outubro de 2008,[21] Uma grande povoação localizada ao sudoeste de Kilinochchi. A captura Akkarayankulam permitiu ao Exército a atacar Kilinochchi do sudoeste.[22] A junção de Iranamadu, localizada ao sul de Kilinochchi, também foi capturada, permitindo ao Exército a avançar para a cidade a partir do sul.[23] As tropas da Divisão 57 tinham anteriormente capturado várias outras fortificações dos Tigres Tâmeis, tais como as fortificações de Adampan e de Kokavil.[24]

A Força Tarefa 1, liderada pelo Brigadeiro Shavendra Silva, avançou para a costa oeste do Sri Lanka e capturou várias localidades estrategicamente importantes, tais como a região de Mannar, conhecida localmente como a "Bacia do Arroz", além das localidades de Viddathalthivu e de Nachchikuda. A Força Tarefa 1 lançou um ataque contra Pooneryn em 15 de novembro de 2008, utilizando tropas dos 2º e 3º regimentos de comando, e um esquadrão de forças especiais, obtendo sucesso.[25] De lá, a Força Tarefa 1 seguiu para oeste e capturou Paranthan, permitindo ao Exército a atacar Kilinochchi a partir do norte.[26]

Os Tigres Tâmeis construíram barreiras de terra e trincheiras em torno da cidade para parar o avanço das Forças Armadas do Sri Lanka. Foi construída uma barreira de terra no sul da cidade, e outra foi construída ao longo da rodovia B69, que liga Pooneryn a Parantham, e que atravessa o oeste da cidade de Kilinochchi.[27] Os Tigres Tâmeis tinham organizado as suas unidades de elite, as brigadas de Charles Anthony e de Imran Pandiyan, juntamente com outras brigadas sob o comando dos coronéis Theepan, Bhanu e Lawrence, para a defesa de Kilinochchi.[28][29] Enquanto isso, o Exército começou a lançar ataques de artilharia, enquanto que a Força Aérea começou seus ataques contra posições dos Tigres Tâmeis em Kilinochchi e em seus arredores. Um dos ataques aéreos teve como alvo o complexo de escritórios dos Tigres Tâmeis em Kilinochchi.[30] O governo declarou em outubro de 2008 que estava pronto para capturar Kiinoichchi.[31] Porém, o líder dos Tigres Tâmeis, Velupillai Prabhakaran, declarou numa entrevista por e-mail que a captura de Kilinochchi "era apenas uma alucinação do Presidente Mahinda Rajapaksa".[32]

Cronologia[editar | editar código-fonte]

As Forças Armadas do Sri Lanka começaram o ataque a Kilinochchi das três direções previamente descritas em 23 de novembro.[33] Em dezembro, o Exército conduziu três ofensivas para tentar tomar Kilinochchi. Fortes monções afetaram ambos os lados em novembro e dezembro,[7] e enchentes cobriram grandes quantidades de área em Kilinochchi e em seus arredores.[34] Isto limitou os avanços das tropas, e minas terrestres foram levadas e espalhadas pelas inundações em torno da região.[35] Durante a ofensiva, a Força Aérea do Sri Lanka lançou vários ataques aéreos contra Kilinochchi com o objetivo de apoiar o exército.[36]

Em 10 de dezembro, os Tigres Tâmeis disseram ter tido a sua primeira ofensiva contra o Exército, matando 89 soldados. Porém, o Exército disse que perdeu apenas 20 soldados, e que matou 27 rebeldes.[37]

Em 16 de dezembro, o Exército lançou um ataque multifrontal contra Kilinochchi. A ofensiva foi derrotada pelos Tigres Tâmeis, que disseram ter matado 130 soldados e ferido outros 300. Também disseram ter capturado 28 corpos de soldados do Exército.[38][39] Porém, o Exército negou a alegação e disse que somente 25 soldados morreram durante a ofensiva, e que 18 desapareceram e 160 ficaram feridos durante a operação. Além disso, o Exército disse ter matado 120 rebeldes durante a ofensiva.[40] Houve forte bombardeio e pesada artilharia de ambos os lados durante a batalha. O conflito durou 10 dias após a ofensiva, e durante este tempo, o Exército conseguiu capturar algumas partes das barreiras de terra erguidas pelos Tigres no oeste de Kilinochchi.[41]

Em 20 de dezembro, os Tigres armaram uma contra-ofensiva assim que o Exército preparava uma ofensiva para capturar a vila de Iranamadu, localizada ao sul de Kilinochchi. Segundo os Tigres Tâmeis, 60 soldados do Exército morreram durante a contra-ofensiva, mas as alegações foram novamente refutadas pelo porta-voz das Forças Armadas do Sri Lanka, o Brigadeiro Udaya Nanayakkara, que disse que a contra-ofensiva causou a morte de apenas 12 soldados e que deixou outros 12 desaparecidos.[42][43]

Captura[editar | editar código-fonte]

Os Tigres Tâmeis começaram a retirar as suas tropas após a captura de Paranthan, em 31 de dezembro de 2008, assim que as tropas do Exército do Sri Lanka começaram a rodear a cidade.[44] Em 2 de janeiro de 2009, o Exército do Sri Lanka adentrou na cidade de Kilinochchi.[45] Segundo o Exército, as tropas encontraram resistência mínima assim que entraram na cidade, já que os rebeldes tinham se retirado para posições em selvas próximas.[7] De acordo com o porta-voz das Forças Armadas do Sri Lanka, o Brigadeiro Udaya Nanayakkara, o Exército entrou na cidade de três direções diferentes, vencendo grupos de resistência dos Tigres.[2] O avanço das tropas começou durante a tarde de 2 de janeiro, horário local, quando as unidades da Divisão 57 avançaram um quilômetro pela área urbanizada de Kilinochchi, vindos do oeste, e chegaram no centro da cidade. Mais unidades da Divisão 57 chegaram à cidade do sul, enquanto que a Força Tarefa 1 também avançou para a cidade, vindos do norte, ao longo da autoestrada A9.[18]

Após a captura da cidade, a Bandeira do Sri Lanka foi hasteada pelo oficial comandante da Divisão 57, o Major General Jagath Dias, juntamente com bandeiras do Exército do Sri Lanka, da Força Aérea, e da Divisão 57.[46]

A infraestrutura da cidade foi grandemente danificada quando o Exército tomou o controle da cidade. A maior parte das residências da região foi grandemente danificada, e uma grande caixa d'água foi destruída, que, segundo o Exército, foi destruída por explosões causadas pelos próprios Tigres Tâmeis. De acordo com um comandante sênior do Exército, os Tigres Tâmeis danificaram a infraestrutura da cidade para obstruir o avanço das Forças Armadas do Sri Lanka.[47] O fornecimento de eletricidade da cidade também foi prejudicado.[48] Porém, os Tigres Tâmeis disseram que a infraestrutura da cidade foi destruída pelos ataques da artilharia do Exército, e pelos ataques aéreos da Força Aérea.[2]

Reações[editar | editar código-fonte]

O Presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, anunciou a captura de Kilinochchi ao secretariado presidencial durante a noite de 2 de janeiro, e pediu para que os Tigres se rendam e abaixem as suas armas, e disse que isto poderia ser "a mensagem final" para os Tigres.[3]. No seu discurso, ele disse que:

O que as nossas tropas conseguiram não foi simplesmente a captura da maior fortaleza dos Tigres Tâmeis, mas uma grande vitória na batalha mundial contra o terrorismo.[3]

O jornal "The Island" descreveu que a captura de Kilinochchi foi um duro golpe contra o terrorismo, e que isto enviou uma forte mensagem dizendo que o mundo civilizado é capaz de eliminar a escória do terrorismo.[49]

A TamilNet, um website pró-Tigres Tâmeis, disse que as tropas dos Tigres e civis foram para nordeste, e que o Exército capturou uma "cidade virtualmente fantasma".[2] Balasingham Nadesan, o líder político dos Tigres Tâmeis, disse que a perda de Kilinochchi foi apenas um episódio insignificante no contexto de sua luta pela liberdade, e disse que:

A cidade de Kilinochchi foi capturada mais de uma vez pelo Exército do Sri Lanka anteriormente. De modo semelhante, nós também recapturamos a cidade anteriormente.[4]

Vários governos estrangeiros expressaram os seus pontos de vista sobre a captura de Kilinochchi logo após o evento. Em 2 de janeiro, o Departamento de Estado dos Estados Unidos da América exigiu que o governo do Sri Lanka e os Tigres Tâmeis começassem as negociações sobre as "questões legítimas" do povo tamil.[50]

O Secretário de Relações Exteriores da Índia, Shiv Shankar Menon, disse que poderia não haver uma solução militar para o conflito, indiferentemente de como a situação militar varie. Ele disse que poderia haver um "entendimento político dentro do contexto de um Sri Lanka unido", dentro do qual todas as comunidades poderiam estar confortáveis.[51]

O governo do Reino Unido pediu para o Sri Lanka para que o país procurasse uma solução política. Segundo o Reino Unido, a necessidade de uma solução política está "ainda mais urgente" depois da captura de Kilinochchi realizada pelas Forças Armadas do Sri Lanka. Além disso, o Ministro de Relações Exteriores do Reino Unido, Lord Malloch Brown, e o Secretário de Estado de Desenvolvimento Internacional, Douglas Alexander, pediu para que ambas as partes do conflito respeitassem as Leis Humanitárias Internacionais.[5]

A notícia da queda de Kilinochchi para as Forças Armadas do Sri Lanka teve como resultado celebrações em todo o país, tais como conecntrações da população nas ruas e a queima de fogos de artifício, principalmente nas cidades de Nuwara Eliya, Anuradhapura, Ampara, Kalutara e a capital, Colombo.[7][52] Segundo o governo do Sri Lanka, a cidade de Jaffna festejou a queda de Kilinochchi com o hasteamento da bandeira do Sri Lanka, além de símbolos e demonstrações antiTigres Tâmeis.[53] Porém, a TamilNet, o website pró-rebeldes, negou estas alegações e disse que o público foi forçado pelo Exército a festejar. Segundo o website, o Exército confiscou as carteiras de identificação da população da cidade para que as pessoas fossem forçadas a tomarem parte na celebração.[54] O país marcou oficialmente a captura de Kilinochchi em 5 de janeiro, hasteando a bandeira nacional e observando dois minutos de silêncio em homenagem às tropas conquistadoras. Durante os dois minutos de silêncio, as rádios e as televisões do país exibiram uma tarja preta ou transmitiram músicas patrióticas, também como homenagem às tropas.[55]

Após a batalha[editar | editar código-fonte]

Após a captura de Kilinochchi realizada pelas Forças Armadas do Sri Lanka, a Bolsa de Valores de Colombo registrou uma alta de 5%, e a rúpia do Sri Lanka ficou estável.[6] Após algumas horas após a declaração de vitória feito pelo presidente do Sri Lanka, um atentado suicida ocorreu em frente ao Quartel General do Exército em Colombo. Dois oficiais da polícia da Força Aérea morreram, e um membro do esquadrão antibomba também morreu. 30 pessoas ficaram feridas no ataque.[56] Em 3 de janeiro, no mínimo 3 pessoas ficaram feridas após outra explosão num carro estacionado no Mercado de Pettah.[57] Em 6 de janeiro, um grupo armado atacou e danificou os estúdios da Maharaja Televion/Broadcasting Network da Capital Mahajara, na cidade de Pannipitiya, após a mídia estatal ter acusado a organização de mídia de não dar tempo suficiente de cobertura do evento. A Repórteres sem Fronteiras condenou o ataque à emissora e disse que o ataque paraceu ter ocorrido porque a cobertura da organização de mídia "não foi suficientemente patriótico".[58][59]

Logo após a captura de Kilinochchi, o governo decidiu banir novamente os Tigres Tâmeis, e desconsiderar o grupo militar como uma organização verdadeira; o governo já tinha banido anteriormente a organização, mas voltou atrás na decisão durante as negociações pela paz em 2001.[60] O banimento entrou em vigor na meia-noite de 7 de janeiro, e, segundo o governo, o motivo principal foi "a utilização de civis como escudos humanos em áreas de difícil acesso e campo de visão, apesar dos pedidos do governo para soltá-los".[61]

As Forças Armadas continuaram a avançar sobre os territórios controlados pelos Tigres e capturaram a importante posição dos Tigres de Pallai alguns dias depois da captura de Kilinochchi.[4] Em 9 de janeiro, o Exército capturou a Passagem do Elefante, o istmo que liga a península de Jaffna ao restante da ilha.[62][63] O Exército prosseguiu com sua ofensiva, com o objetivo de capturar Mullaitivu, a única grande fortificação remanescente dos Tigres Tâmeis.[64] A fortificação foi capturada em 25 de janeiro.[65]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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