Batalha de Junín – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Junín
Guerra de Independência do Peru
Data 6 de agosto de 1824
Local Região de Junín
Desfecho Vitória independentista
Beligerantes
República del Perú
Grã-Colômbia
Espanha
Comandantes
Simón Bolívar José de Canterac
Forças
Exército independentista
1 000 cavalaria

Exército monarquista 1 300 cavalaria[1]
Baixas
144 mortos e feridos[2] 259 mortos e feridos
80 prisioneiros[3]

A batalha de Junín foi um combate militar da Guerra de Independência do Peru, travado nas montanhas da região de Junín em 6 de agosto de 1824.[4] Em fevereiro do mesmo ano, os monarquistas já tinham recuperado o controle de Lima e se reagruparam em Trujillo. Em junho, Simón Bolívar levou suas forças rebeldes até o sul para enfrentar os espanhóis comandados pelo Marechal de campo José de Canterac. Os dois exércitos se encontraram na planície de Junín, no noroeste do Vale de Jauja.[4]

Bolivar (com 8 000 soldados), com pressa para tentar suprimir a retirada monarquista (8 000 soldados) em direção a Cusco, enviou sua cavalaria (1 000 soldados) para impedir o movimento de tropas espanholas para fora da planície de Junin. Os espanhóis enviaram sua cavalaria de 1 300 soldados para romper a cavalaria patriota que se aproximava e dar tempo a Canterac para que ele retirasse a sua infantaria da planície.

A planície é um terreno pantanoso perto do lago Junin e as tropas patriotas estavam tentando se organizar para a batalha, quando foram atingidas pela carga da cavalaria espanhola e recuaram em confusão.

Escudo concedido aos oficiais que participaram da Campanha do Peru em 1823-24.

Entretanto, o comando espanhol perdeu um esquadrão de granadeiros colombianos comandados por Felipe Braun, que conseguiu formar e comandar a retaguarda da cavalaria espanhola. O fato inesperado obrigou a cavalaria espanhola a abandonar suas armas e recuar em direção ao amparo da sua infantaria, que já havia desocupado a planície. A batalha durou cerca de uma hora, e envolveu confrontos corpo a corpo com lanças e espadas.[4]

Como havia apenas uma cavalaria de batalha, armas de fogo não foram usadas.

Apesar desta batalha ser considerada como uma escaramuça, este enfrentamento militar engrandeceu muito o moral dos independentistas vitoriosos, com uma primeira vitória no Peru.[4] A retirada das tropas de Canterac após a derrota em Junin foi implacável e deserções das tropas monarquistas peruanas para os patriotas aumentaram consideravelmente. Eventualmente, o vice-rei do Peru, José de la Serna e Hinojosa, teve que intervir como comandante das forças espanholas para tentar restaurar o moral. Otto Philipp Braun (Felipe Braun) tornou-se o "herói de Junín".

Referências

  1. García Camba, Andrés (1846). Memorias para la historia de las armas españolas en el Perú. 2. [S.l.]: Sociedad tipográfica de Hortelano y compañia. p. 197 
  2. Parte oficial de la Batalla de Junín emitido por el Comandante del ejército repiblicano, in BENCOMO, 2007, pag. 142.
  3. Parte oficial de la Batalla de Junín emitido por el Comandante del ejército repiblicano, in BENCOMO, 2007, pag. 140.
  4. a b c d «La Batalla de Junin». Consultado em 22 de setembro de 2011 
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