Batalha de Baçorá (2008) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Batalha de Baçorá (2008)
Guerra do Iraque

Localização de Baçorá
Data 25 a 31 de março de 2008
Local Baçorá, Iraque
Desfecho Taticamente inconclusivo
Vitória estratégica do exército iraquiano
Mudanças territoriais Exército Mahdi retira-se da cidade
Beligerantes
Iraque Exército iraquiano

 Estados Unidos
 Reino Unido

Brigadas Badr
Exército Mahdi[1]

Grupos Especiais
Milicia Fadhila[2]

Thar Allah[3]
Comandantes
Iraque Nouri al-Maliki
Iraque Lt. Gen. Ali Ghaidan Majid
Iraque Lt. Gen. Mohan al-Furayji
Iraque Brig. Gen. Fadhil Jalil al-Barwari
Muqtada al-Sadr
Shiek Ali al-Sauidi[4]
Akram al-Kabi
Yusuf al-Mosawi Executado[3]
Forças
14 000 soldados do exército
16 000 policiais
~ 16 000 guerrilheiros
Baixas
30 mortos
400 feridos
1 000 – 4 000 capturados ou desertaram
400 mortos
600 feridos
155 capturados

A Batalha de Baçorá começou em 25 de março de 2008, quando o exército iraquiano lançou uma operação (com o codinome Saulat al-Fursan em árabe ou em inglês: Operation Charge of the Knights) para expulsar a milícia Exército Mahdi do sul da cidade iraquiana de Baçorá. A operação foi a primeira grande operação a ser planejada e realizada pelo exército iraquiano desde a invasão de 2003.

A coalizão e as aeronaves iraquianas patrulharam os céus de Baçorá fornecendo inteligência e realizando ataques aéreos em apoio às forças iraquianas no solo. As forças da coalizão forneceram equipes de transição militar as unidades do exército iraquiano e as forças especiais estadunidenses também realizaram operações conjuntas com unidades das Forças de Operações Especiais Iraquianas.[5]

As forças iraquianas enfrentaram uma forte resistência da Exército Mahdi dentro da cidade e a ofensiva estagnou, exigindo apoio aéreo e de artilharia dos estadunidenses e dos britânicos, resultando posteriormente em um impasse. Mais de 1.000 mortes resultaram em seis dias de combates pesados. [6]

Na sequência de um cessar-fogo negociado no Irã em 31 de março, Muqtada al-Sadr retirou seus combatentes das ruas, mas obteve uma grande vitória política. No entanto, o exército iraquiano, reforçado com brigadas de outras partes do Iraque, incluindo a 1ª Divisão de Al-Anbar, continuou a realizar operações mais lentas e deliberadas em redutos da milícia. A Unidade Especial de Armas e Táticas de Hillah, bem como as Forças de Operações Especiais Iraquianas, realizaram uma série de ataques direcionados aos líderes milicianos. Até 20 de abril, o exército iraquiano assumiu o controle do último grande distrito controlado pelo Exército Mahdi e, até 24 de abril, as forças iraquianas alegaram estar no controle total do centro da cidade. [7][8]

Referências

  1. Baxter, Sarah; Marie Colvin; Hala Jaber (6 de Abril de 2008). «Iran joined militias in battle for Basra». Times Online (London) 
  2. Kamber, Michael; Glanz, James (26 de março de 2008). «Iraqi Crackdown on Shiite Forces Sets Off Fighting». The New York Times 
  3. a b State-Sanctioned Paramilitary Terror in Basra Under British Occupation, 8 de agosto de 2008
  4. Abdul-Ahad, Ghaith (28 de março de 2008). «We're fighting for survival, says Mahdi army commander». London: The Guardian 
  5. «Iraq forces battle Basra militias». BBC News 
  6. Sudarsan Raghavan and Sholnn Freeman - U.S. Appears to Take Lead in Fighting in Baghdad - Washington Post
  7. Glanz, James; Rubin, Alissa J. (20 de Abril de 2008). «Iraqi Army Takes Last Basra Areas From Sadr Force». New York Times. Cópia arquivada em 12 de Maio de 2013 
  8. Karim Jamil (24 de Abril de 2008). «Iraqi army claims it is in full control of Basra». AFP