Banda cambial – Wikipédia, a enciclopédia livre

Banda cambial (também chamada de câmbio deslizante) é um regime cambial no qual o banco central de um país se compromete a assegurar um intervalo (geralmente com cotações mínima e máxima) para a variação do câmbio.[1]

Nesse sistema, o banco central seleciona uma faixa, ou "banda", de valores na qual define sua moeda e intervém através operações de compra e venda de moedas no mercado ou retorna a uma taxa de câmbio fixa se o valor de sua moeda sair dessa banda. É caracterizando como um regime de forte intervenção. Isso permite alguma revalorização, mas tende a estabilizar o valor da moeda dentro da banda. Nesse sentido, é um compromisso entre uma taxa de câmbio fixa (ou "atrelada") e uma taxa de câmbio flutuante.

Um regime cambial semelhante (serpente monetária) foi usado pela Comunidade Econômica Europeia durante notoriamente no Sistema Monetário Europeu entre 1972 e 1979. Embora este conceito tenha fracassado,[2] levou ao estabelecimento do Mecanismo Europeu de Taxa de Câmbio (ERM) e, em última instância, à criação do Euro como moeda única. Atualmente, esse sistema está vigente na Argentina desde setembro de 2018.[3]

No Brasil, este regime foi adotado pelo Banco Central do Brasil entre março de 1995 até janeiro de 1999, como um procedimento de manutenção da estabilidade dos preços internos. Foi parte de um procedimento de liberalização gradual do mercado de moeda e substituiu o regime de câmbio fixo do início do Plano Real.[4] Ao longo desse período houve uma desvalorização sistemática da moeda brasileira[5] e foram empregadas mais de uma forma de banda (como a banda hexagonal endógena).

Referências

  1. Seabra, Fernando (1998). «O modelo de bandas cambiais e a variabilidade da taxa de câmbio». Estudos Econômicos (São Paulo). Consultado em 2 de setembro de 2019 
  2. «Fact Sheets on the European Union». Parlamento Europeu (em inglês). Consultado em 1 de setembro de 2021 
  3. Gombata, Marsílea (26 de setembro de 2018). «BC argentino anuncia adoção de regime de bandas cambiais». Valor Econômico. Consultado em 2 de setembro de 2019 
  4. Quero, João; Trevizan, Karina (23 de junho de 2016). «Como funciona o câmbio no Brasil?». G1. Consultado em 1 de setembro de 2021 
  5. Ribeiro, Alex; Patú, Gustavo (22 de novembro de 1998). «BC vai mudar bandas cambiais até fevereiro». Folha de S.Paulo. Consultado em 2 de setembro de 2019 
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