Aulo Cecina Alieno – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Aulo Cecina.
Aulo Cecina Alieno
Cônsul do Império Romano
Consulado 69 d.C.
Morte 79 d.C.

Aulo Cecina Alieno (em latim: Aulus Caecina Alienus; m. 79) foi um general e político romano nomeado cônsul sufecto para o período de setembro a outubro de 69 com Fábio Valente, ambos aliados do imperador Vitélio. Era oriundo de Vicentia[1].

Tácito o descreve como um homem bonito e de ambição sem limites, um orador talentoso e um favorito dos soldados.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 68, Alieno foi questor da província da Bética e foi nomeado legado pelo imperador Galba depois da morte de Nero. Contudo, quando se soube que Cecina havia ganho dinheiro com suborno, Galba o processou por desvio de dinheiro público[2]. No final de 68 e início do ano seguinte, Cecina desertou Galba e passou a servir como legado da Legio IV Macedonica, sediada em Mogoncíaco e aliada a Vitélio, de quem ele recebeu o comando de todo o exército da Germânia Superior. Por ordem dele, Alieno marchou para o norte da Itália, onde iria se encontrar com o exército de Fábio Valente, que vinha da Gália, para enfrentar as forças de Otão, que havia assassinado Galba e controlava as legiões italianas[3]. No caminho, Cecina derrotou os helvécios[4] e chegou até Verona, ocupando a região do vale do Pó[5]. Depois de ser derrotado na Batalha de Locus Castrorum, perto de Cremona, por Suetônio Paulino, Cecina se juntou às forças de Valente e os dois venceram a Primeira Batalha de Bedríaco em 14 de abril de 69, o que levou Otão ao suicídio[6].

Em Lugduno e depois em Roma, Cecina e Valente receberam muitas honras do novo imperador[7]. Em setembro, os dois assumiram o posto de cônsules sufectos com mandato até o final do ano. Cecina foi nomeado por ele comandante geral das forças vitelianas contra os exércitos flavianos[8]. Temendo uma derrota, Cecina foi capturado por seus soldados quando tentava bandear para o lado de Vespasiano[9]. Depois da derrota para Vespasiano na Segunda Batalha de Bedríaco, Cecina foi capturado por Antônio Primo, o legado da VII Galbiana e enviado a Vespasiano, que o recebeu bem[10]. Em Roma, Vitélio, que culpou Cecina pela derrota, o substituiu por seu confidente Rósio Régulo em 31 de outubro por um dia[11].

Em 79, Cecina participou de um complô contra Vespasiano com Éprio Marcelo e acabou sendo executado por ordem de Tito, filho dele[12].

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Tibério Cácio Ascônio Sílio Itálico

com Públio Galério Trácalo
com Nero V (suf.)
com Caio Belício Natal (suf.)
com Públio Cornélio Cipião Asiático (suf.)

Galba II
69

com Tito Vínio
com Ano dos quatro imperadores

Sucedido por:
Vespasiano II

com Tito I
com Caio Licínio Muciano II (suf.)
com Quinto Petílio Cereal Césio Rufo (suf.)
com Quinto Júlio Cordino (suf.)
com Lúcio Ânio Basso (suf.)
com Caio Lecânio Basso Cecina Peto (suf.)


Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]