Atracasis – Wikipédia, a enciclopédia livre

Tábua cuneiforme com o épico Atrahasis atualmente no Museu Britânico

A Epopeia de Atrahasis[1] é um poema épico da mitologia suméria, sobre a criação e o dilúvio universal.[2]

A sua cópia mais antiga data de 1 600 a.C., quando a civilização suméria desaparece ante as invasões dos hititas, e acredita-se que esteja ligada às tradições próprias do templo da cidade-estado de Eridu, vizinha à antiga foz do rio Eufrates. É um dos mitos de criação mais antigos da região do Médio Oriente, narrando a trajetória de Atracasis ("o muito inteligente").

A estrutura[editar | editar código-fonte]

[3]

  • Os Deuses Inferiores têm que trabalhar muito e começam a reclamar
  • Revolta dos Deuses Inferiores
  • Negociações com os Grandes Deuses
  • Proposta para criar humanos, para aliviar os Deuses Inferiores de seu trabalho
  • Criação do homem
  • Comportamento ruidoso do homem; novas queixas dos deuses
  • A decisão do deus supremo Enlil de extinguir a humanidade por um Grande Dilúvio
  • Atraḥasis é avisado em um sonho
  • Enki explica o sonho para Atraḥasis (e trai o plano)
  • Construção da Arca
  • Embarque na Arca
  • Partida
  • A grande inundação
  • Os deuses estão famintos porque não há mais fazendeiros para trazer sacrifícios
  • Decidem poupar Atraḥasis, mesmo sendo um rebelde
  • Regulamentos para reduzir o ruído: parto, mortalidade infantil e celibato


A narrativa[editar | editar código-fonte]

Estando os deuses reunidos, Anu, pai dos deuses, admite que os rebeldes tinham motivos para as suas queixas. Os deuses decidiram então criar o homem, para que este se encarregasse do serviço dos deuses. Ea (ou Enqui), deus das águas, deu então o seguinte conselho:

"... que se degolasse um deus e todos os demais deuses se purificassem no banho de seu sangue. E que a sua carne e o seu sangue, Nintu (ou Mami), a deusa-mãe, misturasse um pouco de argila, de maneira a que deus e homem estivessem misturados, constituindo assim uma só carne e um só espírito."

Os deuses presentes concordaram e degolaram , um deus desconhecido. Ea e a deusa-mãe chamaram então as sete genitoras, que se puseram a pisar a argila ao som de encantamentos mágicos. A deusa-mãe cortou então catorze pedaços de argila, sete à esquerda e sete à direita, e as deusas deram à luz sete varões e sete mulheres que, imediatamente, foram juntos aos pares, e a raça humana recebeu as leis do trabalho.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Córdoba, Universidad Nacional de (1955). Revista de la Universidad Nacional de Cordoba (em espanhol). [S.l.]: Dirección General de Publicaciones, Universidad Nacional de Cordoba. 
  2. Lambert, W.G., Millard A.R., Civil, M., Atra-Hasis: The Babylonian Story of the Flood. Eisenbrauns, 1999.
  3. https://www.livius.org/sources/content/anet/104-106-the-epic-of-atrahasis/

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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