Aticuns-umãs – Wikipédia, a enciclopédia livre

Aticuns-umãs
(Atikum)
População total

7.929

Regiões com população significativa
 Brasil (BA/PE) 7.929 Siasi/Sesai, 2012[1]
Línguas
português
Religiões

Os aticuns-umãs (também conhecido como Aticum, Atikim - Umã e Atikum-Umã) são um povo indígena brasileiro.

A reserva Atikum, com uma área de 15.276 hectares e uma população de 7.924 índios, está localizada na Serra do Umã, no município de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco.

A presença dos indígenas na Serra do Umã data provavelmente do século XIX. Segundo documentos de 1801, esses índios, sob a denominação de Umãs juntamente com outras tribos, foram aldeados no local onde permaneceram até 1819, quando a aldeia foi abandonada após vários conflitos.

Em 1825, houve a dispersão de diversos grupos indígenas pelo sertão de Pernambuco, tendo os Umã se dirigido para região da Serra Negra.

Não se sabe quando a tribo teve o seu nome mudado, mas a reserva foi criada, em 1949, para os índios já denominados Atikum.

A comunidade tem a agricultura como sua principal atividade e não enfrenta problemas de posse da terra.

Considerados bom produtores agrícolas, cultivam principalmente o milho, o feijão, a mamona e algumas frutas como banana, goiaba, pinha e laranja. Plantam, ainda, mandioca destinada ao fabrico da farinha. Praticam também a caça e possuem pequenos criatórios.

A produção dos Atikum abastece as cidades vizinhas e é comercializada, tanto na própria localidade, quanto na feira de Mirandiba.

Os Atikum já não conservam, como outras comunidades indígenas de Pernambuco, muitos traços da sua cultura. Ainda dançam o toré, porém só os mais velhos se empenham na conservação desse costume, quando entoam cânticos, onde existem vestígios da sua língua nativa, acompanhados de maracás de cabaças e fumam cachimbos de madeira.

Em um local afastado chamado "gentio", realizam reuniões secretas, que segundo alguns relatos são semelhantes aos cultos afro-brasileiros.

Seus traços físicos indicam uma forte miscigenação com o negro, provavelmente grupos fugidos da escravidão que se instalaram na Serra do Umã.

A sua língua nativa não sobreviveu, salvo raras palavras ainda mencionadas nos cantos do toré.

Mapa Ilustrativo das áreas habitadas por indígenas no município de Carnaubeira da Penha e adjacências

Falam a língua portuguesa.

Referências

  1. Instituto Socioambiental. «Quadro Geral dos Povos». Enciclopédia dos Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 17 de setembro de 2017 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • RICARDO, Carlos Alberto. "Os índios" e a sociodiversidade nativa contemporânea no Brasil. IN: SILVA, Aracy Lopes da. GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A temática indígena na escola. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995. p. 37-44.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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