Atentado em Bagdá em julho de 2016 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Atentado em Bagdá em julho de 2016
Atentado em Bagdá em julho de 2016
Local dos ataques momentos após a explosão
Local Karrada, Bagdá
 Iraque
Data 3 de julho de 2016
00h05 (UTC+3)
Tipo de ataque Carro-bomba
Ataque suicida
Mortes 213+ (1º ataque)[1]
Feridos 200+ (1º ataque)
16 (2º ataque)
Responsável(is) Estado Islâmico do Iraque e do Levante

Em 3 de julho de 2016, ataques a bomba coordenados foram realizadas em Bagdá, no Iraque, resultou na mortes de centenas de civis. Poucos minutos depois da meia-noite, hora local (2 de Julho, 21h00 UTC), um carro-bomba explodiu no distrito de Karrada e matou mais de 200 pessoas, além de ter ferido outras centenas. A área de maioria xiita estava ocupada por compradores tarde da noite porque era o período do Ramadã. Uma segunda bomba foi detonada no subúrbio de Sha'ab e matou pelo menos cinco pessoas.

O grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS, sigla em inglês) divulgou um comunicado reivindicando a responsabilidade pelo ataque e disse que o nome do suicida era Abu Maha al-Iraqi. De acordo com a BBC, houve relatos de que a origem da explosão foi um furgão frigorífico cheio de explosivos. A explosão causou um grande incêndio na rua principal. Vários edifícios, incluindo o popular al-Hadi Centre, foram seriamente danificados. Foi o mais mortífero ataque a bomba único no Iraque desde 2007.[carece de fontes?]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Os atentados de 17 de maio de 2016 em Bagdá foram perpetrados pelo ISIS e mataram mais de 100 pessoas. Alguns analistas de segurança viram os atentados na capital do Iraque como um esforço para desviar a atenção das forças de segurança iraquianas da batalha pela retomada de Faluja do controle dos terroristas.[2] A batalha de Faluja chegou ao fim em junho de 2016 e o governo iraquiano conseguiu recuperar o controle da cidade do domínio do ISIS.[3]

O atentado de Bagdá foi o terceiro assassinato em massa de civis por militantes do ISIS em poucos dias, após os atentados no aeroporto de Istambul, na Turquia, em 28 de junho, e o ataque em Dhaka, Bangladesh, em 1 de julho.[4]

O ISIS recentemente enviou chamados pelo aumento de ataques durante o mês de celebração do Ramadã.[5]

Ataque e resposta[editar | editar código-fonte]

O caminhão-bomba explodiu em uma área comercial de Karrada, onde muitas pessoas estavam na rua durante a noite para fazer compras e quebrar o jejum do Ramadã com o iftar em cafés locais. Um atentado suicida, o ataque teve origem em um caminhão frigorífico repleto de bombas. Este foi o primeiro grande ataque em Bagdá depois da recaptura de Faluja pelo governo iraquiano do controle do ISIS, em junho de 2016.[6] Este atentado matou pelo menos 213 pessoas e feriu mais de 200.[7][8] Relatos não confirmados afirmam que os carros-bomba podem ter passado pelos checkpoints, onde as forças de segurança iraquianas ainda usam detectores de bomba falsa, como o ADE 651.[9][10]

A segunda explosão ocorreu no bairro majoritariamente xiita de Sha'ab, no norte de Bagdá, por volta da meia-noite (horário local) e matou pelo menos cinco pessoas e feriu outras 16.[6]

Um terceiro atentado que teve como alvo membros das Forças de Mobilização Popular e matou uma pessoa e feriu cinco. A bomba era um artefato explosivo improvisado e explodiu no distrito de Abu Gharib em Bagdá. Um veículo também foi danificado.[11]

Uma quarta explosão em al-Latifiya no sul da capital iraquiana, foi um carro-bomba que matou uma pessoa e feriu um número desconhecido de pessoas. A bomba foi colocada sob um veículo civil, e saiu quando o veículo estava sendo conduzido.[12]

Até agora, as vítimas dos quatro atentados durante o dia em Bagdá incluem mais de 220 pessoas mortas e mais de 225 feridos. No rescaldo do ataque, do Comando de Operações de Bagdá alegou que havia prendido membros de uma célula militante que foram conectados ao bombardeio.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Anger over security as Iraqis mourn 200 dead in Baghdad bombing». AFP. 4 de julho de 2016. Consultado em 4 de julho de 2016 
  2. Salaheddin, Sinan (30 de maio de 2016). «Iraqi forces push into Fallujah as IS bombings kill 24». Bigstory.ap.org. Consultado em 4 de julho de 2016 
  3. «119 dead as car bomb rips through Baghdad shoppers». The Hindu. AFP. 4 de julho de 2016. It came a week after Iraqi security forces recaptured Fallujah from IS, leaving Mosul as the only Iraqi city under the jihadist group's control. 
  4. Hassan, Falih; Arango, Tim (3 de julho de 2016). «Bombing Kills More Than 120 in Baghdad». The New York Times 
  5. CNN, Euan McKirdy. «ISIS: More attacks on West during Ramadan». CNN. Consultado em 5 de julho de 2016 
  6. a b c «Iraq violence: IS bombing kills 125 Ramadan shoppers in Baghdad». BBC News. 3 de julho de 2016 
  7. «Fury over insecurity as Iraqis mourn 200 dead in Baghdad blast» 
  8. «ISIS car bomb kills more than 100 in Baghdad». CTV News. 2 de julho de 2016. Consultado em 4 de julho de 2016 
  9. «Nearly 120 killed in overnight Baghdad bombings claimed by Islamic State». 3 de julho de 2016 – via Reuters 
  10. Hussain2015-11-23T15:58:58+00:00, Murtaza HussainMurtaza. «This Fake Bomb Detector Is Blamed for Hundreds of Deaths. It's Still in Use.» 
  11. Loaa, Adel (3 de julho de 2016). «Bomb explosion in western Baghdad, one al-Hashd al-Shaabi member killed». Iraqi News. Consultado em 4 de julho de 2016 
  12. Sarhan, Amre (3 de julho de 2016). «Car bomb blast kills civilian in al-Latifiya in southern Baghdad». Iraqi News. Consultado em 4 de julho de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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