Atentado de Alexandria em 2011 – Wikipédia, a enciclopédia livre

Atentado de 1 de janeiro de 2011 em Alexandria
Local Alexandria,  Egito
Data 1 de janeiro de 2011
00:20 (horário local) (UTC+2)
Tipo de ataque carro-bomba ou ataque suicida
Mortes pelo menos 21
Feridos 91[1]

O atentado de Alexandria foi um ataque terrorista contra cristãos coptas realizado em torno da meia-noite de 1 de janeiro de 2011, na cidade de Alexandria, no Egito. O ataque resultou na morte de pelo menos 21 cristãos coptas e outros 97 feridos.[2]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Duas semanas antes do atentado, uma declaração em um site islâmico fazia um chamado para ataques às igrejas do Egito, enumerando entre elas a igreja que foi atingida.[3][4] O atentado ocorreu poucos meses depois que um grupo no Iraque, com ligações com a Al-Qaeda anunciou que todos os cristãos no Egito eram considerados "alvos legítimos" desde que, de acordo com o grupo extremista, duas mulheres (Kamilia Shehata e Wafaa Constantino) estavam sendo mantidas "reféns" da Igreja Copta de Alexandria, depois que elas haviam se convertido ao Islã.[5][3][6]

Atentado[editar | editar código-fonte]

O ataque ocorreu quando uma bomba explodiu em um carro estacionado em frente à Igreja Ortodoxa Copta de São Marcos e Papa Pedro no bairro de Sidi Bishr em Alexandria.[2][5][4] Mais tarde, um comunicado oficial do Ministério do Interior declarou que o ataque foi realizado por um suicida e não como resultado de uma explosão de um carro.[7][8][2][5][9]

No momento da explosão, milhares de cristãos coptas iriam fazer a liturgia na igreja por ocasião do ano novo.[2][4] A explosão resultou em partes do corpo espalhadas, carros destruídos e janelas quebradas.[2][3] 21 cristãos coptas foram mortos imediatamente após a explosão, e cerca de 97 pessoas - a maioria dos quais eram cristãs - foram feridas.[2][1][4][5] Testes forenses confirmaram que o explosivo utilizado era caseiro e continha pregos e esferas.[9] O Ministério do Interior afirmou que a bomba estava cheia de pequenos pedaços de metal para servir como metralha[10] e que um terrorista suicida com apoio estrangeiro pode ter sid

Homilia do Papa Bento XVI e reações[editar | editar código-fonte]

Na homilia do Dia Mundial da Paz, 1 de janeiro, o Papa Bento XVI referiu as "intolerâncias religiosas, que hoje agridem particularmente os cristãos".[11] Como reação, um imã egípcio acusou o Papa de interferir na política do seu país. [12]

Referências

  1. a b «الصحة: ارتفاع عدد ضحايا حادث الإسكندرية إلى 21 قتيلا و97 مصابا». Masrawy. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  2. a b c d e f «Egypt bomb kills 21 at Alexandria Coptic church». BBC News Online. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  3. a b c Saleh, Yasmine (1 de janeiro de 2011). «Suspected suicide bomber kills 17 at Egypt church.». Yahoo News. Consultado em 2 de janeiro de 2011 
  4. a b c d Suspected suicide bomber kills 21 in attack on Egyptian church. By BILL ROGGIO. 1 de janeiro de 2011
  5. a b c d «Explosion kills at least 21 at Egyptian church». CNN. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  6. Egypt death toll rises to 21. By Manar Ammar – Sun 2nd
  7. Batty, David (1 de janeiro de 2011). «Egypt bomb kills new year churchgoers». The Guardian. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  8. «Suicide bomber kills 21 in Egypt». IndiaVoice. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  9. a b «Interior ministry: Suicide bomber behind Egypt church blast». CNN. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 1 de janeiro de 2011 
  10. Chick, Kristen (1 de janeiro de 2011). «Egypt church bombing: Why some point to Al Qaeda-linked group». The Christian Science Monitor 
  11. Homilia do Papa Bento XVI no Dia Mundial da Paz, no site da Paróquia de São Miguel Arcanjo
  12. Cristãos coptas continuam protestos no Egipto, no site BBC para África, 3 de janeiro de 2011.
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