Assassinato de Iranilda e Gabriel de Sousa Medeiros Araújo – Wikipédia, a enciclopédia livre

Assassinato de Iranilda e Gabriel de Sousa Medeiros Araújo
Local do crime Patos, no Sertão Paraibano, no Paraíba, no brasil
Data 19 de março de 2022
Tipo de crime matricídio,familicídio
Arma(s) arma de fogo
Vítimas Iranilda e Gabriel de Sousa Medeiros Araújo[1]

O Assassinato de Iranilda e Gabriel de Sousa Medeiros Araújo refere-se ao homicídio de Iranilda de Sousa Medeiros Araújo, de 47 anos, e o seu filho Gabriel de Sousa Medeiros Araújo, de 7 anos, no dia 19 de março de 2022 no Jardim Guanabara, em Patos, no Sertão da Paraíba. O crime de matricídio e familicídio foi cometido por um adolescente de 13 anos (no Brasil a lei não permite a revelação do nome até o jovem completar 18 anos de idade), filho e irmão das vítimas. O jovem infrator também atirou contra o pai, o policial aposentado Benedito da Silva Araújo, de 56 anos de idade, que no entanto conseguiu sobreviver.[1]

Mãe e filho foram sepultados no dia 20, no Memorial Jardim da Paz Cemitério Parque, no Distrito Industrial de Patos.[1]

O caso corre em Segredo de Justiça.

Contexto[editar | editar código-fonte]

A família era considerada pacata e religiosa, bastante conhecida na cidade, e Iranilda trabalhava como enfermeira na Maternidade Peregrino Filho, enquanto Benedito, conhecido como Benê, era um sargento aposentado.[2]

"Toda a cidade de Patos ainda está perplexa e consternada com a tragédia", escreveu o portal 40 Graus à época.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

O infrator, então com 13 anos de idade, relatou que se sentia pressionado por ajudar a fazer os serviços domésticos e tirar boas notas na escola e no dia do crime o pai havia recolhido seu celular devido a seu baixo desempenho escolar, impedindo que ele pudesse continuar a jogar Roblox.[3][4][5][6][7]

O crime[editar | editar código-fonte]

No dia 19 de março de 2022, aproveitando que o pai tinha ido à farmácia, o infrator pegou uma arma que pertencia ao pai e matou a mãe, que estava dormindo. Ele então esperou o pai voltar e quando Benedito entrou em casa, também foi baleado. Gabriel, ao ouvir os tiros, tentou defender o pai, e foi alvejado nas costas.[2][3][4]

Depois de atirar nos pais e irmão, o infrator ligou para o SAMU, pedindo ajuda.[4]

Benedito foi levado ao Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande em estado grave, de onde teve alta no dia 9 de abril. Ele está paraplégico, mas deve continuar a reabilitação.[8]

Investigação[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, o infrator disse aos policiais que o crime se tratava de um latrocínio. No entanto, no desenrolar das investigações, as pistas levaram ao adolescente, que depois confessou o crime.[4][5][8]

Ao delegado ele contou toda dinâmica do crime e disse que ainda conversou com o pai, já baleado. O pai teria pergutado por que ele teria feito isto, o ao que ele tinha respondido que era por se sentir pressionado e não poder fazer quase nada.[6][7]

Vazamento de áudio[editar | editar código-fonte]

Durante as investigações, houve o vazamento de um áudio do depoimento e da imagem do adolescente. O vazamento havia sido feito pelo delegado responsável pelo caso, Renato Leite, que sem querer enviou os dados pelo Whats App. A OAB da Paraíba à época manifestou: "É inadmissível o cometimento de atos ilegais (vazamento de material sigiloso) por parte de agentes públicos que deveriam garantir o fiel cumprimento da lei".[9][10]

Apreensão[editar | editar código-fonte]

O infrator foi apreendido e teve a internação provisória decretada no dia 20 de março, tendo sido encaminhado inicialmente para o Lar do Garoto em Sousa, de onde foi transferido no dia 20 de março para o Centro Especializado de Reabilitação de Sousa.[3] Ainda internado, o pai disse num áudio enviado à imprensa que o filho infrator era uma "criança boa e obediente" e que ele gostaria que o filho fosse solto. Ao ter alta, ele pediu novamente a desinternarão do jovem.[11][12]

Referências

  1. a b c d «Vizinhos do sargento Bené realizam momento de oração em frente à sua residência em Patos». https://www.portal40graus.com/. 20 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022  Erro de citação: Código <ref> inválido; o nome ":0" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes
  2. a b «Policial baleado confirma que filho foi o autor da tragédia em família em Patos, matando a mãe e irmão». https://www.portal40graus.com/. 19 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  3. a b c «Justiça transfere menino de 13 anos suspeito de matar a mãe e o irmão para o CER de Sousa, na PB». G1. Consultado em 1 de maio de 2022 
  4. a b c d «Menino de 13 anos confessa que matou a mãe e o irmão porque foi proibido de usar o celular». G1. Consultado em 1 de maio de 2022 
  5. a b «Estudante de 13 anos que matou a família na Paraíba pode não ser psicopata». O Globo. 21 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  6. a b ClickPB (21 de março de 2022). «Após atirar em toda a família em Patos, adolescente ainda explicou ao pai, caído no chão, o motivo do atentado: "me pressionando por causa de nota"». ClickPB. Consultado em 1 de maio de 2022 
  7. a b ClickPB (21 de março de 2022). «EXCLUSIVO: em depoimento à polícia, adolescente narra, com frieza, como atirou em toda sua família na cidade de Patos». ClickPB. Consultado em 1 de maio de 2022 
  8. a b «Policial baleado por filho de 13 anos celebra domingo de Páscoa ao lado de familiares, em Patos». Portal do Litoral PB. 18 de abril de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  9. «OAB de Patos (PB) repudia vazamento de áudio e imagem do adolescente que matou mãe e irmão e tentou matar o pai». O Globo. 23 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  10. «Polícia da Paraíba irá investigar áudio vazado com confissão de menino sobre crime contra família - Paraíba». Diário do Nordeste. 22 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  11. «Policial baleado por filho chora em áudio e diz que menino é uma criança boa - Paraíba». Diário do Nordeste. 23 de março de 2022. Consultado em 1 de maio de 2022 
  12. «Pai de menino que matou mãe e irmão, na PB, quer cuidar do filho, diz advogado da família». G1. Consultado em 1 de maio de 2022