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Asmoneus

Província


140 a.C. – 37 a.C.
Localização de Reino Hasmoneu
Localização de Reino Hasmoneu
Faces de expansão do Reino Asmoneos.
Continente Ásia
Região Mediterrâneo
Capital Não especificada
31° 47' N 35° 13' E
Religião Judaísmo
Governo Não especificado
História
 • 140 a.C. Fundação
 • 37 a.C. Dissolução

Os asmoneus,[1] (em hebraico: חשמונאים; romaniz.:Hashmonayim) também ditos asmoneanos ou asmonianos,[2] eram os membros da dinastia governante durante o Reino Asmoneu de Israel (140 - 37 a.C.),[3] um Estado judaico religioso independente situado na Terra de Israel. A dinastia dos asmoneus foi fundada sob a liderança de Simão Macabeu, duas décadas depois de seu irmão, Judas Macabeu ("Martelo") derrotar o exército selêucida durante a Revolta Macabeia, em 165 a.C.. O Reino Asmoneu sobreviveu por 103 anos antes de render à dinastia herodiana, em 37 a.C.. Ainda assim, Herodes, o Grande sentiu-se obrigado a se casar com uma princesa da casa dos asmoneus, Mariamne, para legitimar seu reinado, e participou de uma conspiração para assassinar o último membro homem da família dos asmoneus, que foi afogado em seu palácio, na cidade de Jericó.

De acordo com as fontes históricas, como o Primeiro e o Segundo Livro dos Macabeus, e o primeiro livro da Guerra dos Judeus, do historiador judeu-romano Flávio Josefo (37 - 100 d.C.),[4] o Reino Asmoneu teve seu início com uma revolta de judeus contra o rei selêucida Antíoco IV, que após sua bem-sucedida invasão do Egito ptolemaico ser minada pela intervenção da República Romana[5] passou a procurar assegurar seu domínio sobre Israel, saqueando Jerusalém e seu Templo, reprimindo as práticas religiosas e culturais judaicas, e impondo práticas helenísticas.

A Revolta Macabeia (167 a.C.), que se seguiu, deu início a um período de vinte e cinco anos de independência judaica, amplificada pelo colapso constante do Império Selêucida, diante dos ataques de potências emergentes como a República Romana e o Império Parta. No entanto, o mesmo vácuo de poder que permitiu ao Estado judaico ser reconhecido pelo senado romano em 139 a.C. passou a ser explorado pelos próprios romanos. Hircano II e Aristóbulo II, bisnetos de Simão Macabeu, tornaram-se peões numa guerra por procuração travada entre Júlio César e Pompeu, o Grande, que terminou com o reino sob a supervisão do governador romano da Síria, em 64 a.C. As mortes de Pompeu (48 a.C.), César (44 a.C.) e as guerras civis romanas que se seguiram afrouxaram o domínio romano sobre Israel, o que permitiu um breve ressurgimento asmoneu, com apoio do Império Parta. Esta independência pouco duradoura foi esmagada rapidamente pelos romanos sob o comando de Marco Antônio e Otaviano. Em 37 a.C. Herodes, o Grande foi instalado no poder como rei, fazendo de Israel um Estado-cliente romano, e pondo um fim à dinastia dos asmoneus. Em 44 d.C. Roma colocou no poder um procurador romano, exercendo o poder lado a lado aos reis herodianos (mais especificamente Agripa I, 41-44, e Agripa II, 50-100).

Referências

  1. Do latim tardio Asmonaeus, através do grego antigo Ἀσαμωναῖος, Asamōnaios, que por sua vez vem do hebraico Hashmona'i.
  2. Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, Asmoneus ou asmonianos, Carlos Rocha, 28 de maio de 2010.
  3. O nome de família da dinastia se origina com o ancestral da casa, Ἀσαμωναῖος (Asamoneus ou Asmoneus; ver Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas: [1]; [2]; [3]), que teria sido o bisavô de Matatias, porém de quem nada mais se conhece.
  4. Louis H. Feldman, Steve Mason (1999). Flavius Josephus. [S.l.]: Brill Academic Publishers 
  5. Ver Caio Popílio Laena e O declínio dos Ptolemeus,

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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