Ascensão do Império Otomano – Wikipédia, a enciclopédia livre

A ascensão do Império Otomano (12991453) refere-se ao período que se iniciou com o enfraquecimento do Sultanato Seljúcida de Rum, no final do século XIII, e terminou com o declínio do Império Bizantino e a Queda de Constantinopla em 1453.

A ascensão dos otomanos está relacionada ao declínio do Império Romano, que gerou a mudança de poder na região, que passou de uma sociedade europeia cristã única a uma influência crescente islâmica. O início deste período caracterizou-se pelas guerras bizantino-otomanas, que duraram um século e meio; durante este período o Império Otomano conquistou o controle da Anatólia e dos Bálcãs.

Imediatamente após a fundação dos beilhiques turcos da Anatólia, alguns principados turcomanos se uniram com os otomanos contra os bizantinos. O período de ascensão viu a derrota do Sultanato de Rum contra os mongóis, no século XIII, e foi sucedido pela expansão do Império Otomano (1453-1683) - um período marcado pela Pax Ottomana, a estabilidade social e econômica atingida nas províncias conquistadas pelo império.

Anatólia antes do domínio otomano[editar | editar código-fonte]

As origens dos otomanos remontam ao século XI, quando alguns pequenos emirados islâmicos de origem turcomana e de natureza nômade - chamados beilhiques - passaram a ser fundados em diferentes partes da Anatólia. Seu principal papel foi o de defender as regiões fronteiriças seljúcidas do Império Bizantino - um papel que foi reforçado pela migração de muitos turcos à Ásia Menor.[1] Em 1073, no entanto, após a vitória do Sultanato Seljúcida de Rum sobre os bizantinos na Batalha de Manziquerta, os beilhiques viram a oportunidade de sobrepujar a autoridade seljúcida e declarar abertamente sua soberania.

Embora o Império Bizantino tenha continuado a existir por quatro séculos, e as Cruzadas acabassem por complicar a questão por algum tempo, a vitória em Manziquerta assinalou o início do domínio turcomano da Anatólia. O enfraquecimento subsequente dos bizantinos e a rivalidade política entre o Sultanato de Rum e o Califado Fatímida do Egito e do sul da Síria foram os fatores principais a ajudar os beilhiques a se aproveitar da situação e unir seus principados.[2]

Entre estes principados estava uma tribo chamada Sögüt, fundada e liderada por Ertogrul, que se instalou no vale do rio Sangário. Quando Ertogrul morreu, em 1281, seu filho Osmã tornou-se seu sucessor; pouco tempo depois, Osmã se declarou sultão, e fundou a dinastia otomana, tornando-se o primeiro Sultão do Império Otomano (em 1299).[3]

Referências

  1. Malcolm Holt, Peter; Ann K. S. Lambton, Bernard Lewis (1977). The Cambridge History of Islamy. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 231–232. ISBN 0-5212-9135-6 
  2. Kural Shaw, Ezel (1977). History of the Ottoman Empire and modern Turkey. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 5–7. ISBN 0-5212-9163-1 
  3. Bideleux, Robert; Ian Jeffries (1998). A history of eastern Europe: crisis and change. [S.l.]: Routledge. 62 páginas. ISBN 0-4151-6111-8 
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