Artabano II – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados, veja Artabano.
Artabano II
Artabano II
Αργυρό τετράδραχμο 6 μ.Χ., 27 χλστ., 13,11 γραμ. Εμπρός όψη: κεφαλή κατ' ενώπιω. Πίσω όψη: η Τύχη δίνει κλάδο φοίνικα στον έφιππο Αρτάβανο Δ΄, επιγρ. ΒΑΣΙΛΕΩΣ - ΔΙΚΑΙΟΥ - ΕΠΙΦΑΝΟΥΣ, ΠΑΝ[εμος] μήνας, ΤΛΗ΄ = 338 = 27 μ.Χ. Κόπηκε στη Σελεύκεια επί του Τίγριτος.
Nascimento século I a.C.
Morte 38
Progenitores
  • Darius II of Media Atropatene
Filho(a)(s) Vardanes I of Parthia, Gotarzes II of Parthia, Ársaces I da Armênia, Orodes da Armênia
Ocupação monarca
Religião zoroastrismo

Artabano II foi um descendente de Ársaces I de Pártia, rei da Média e que se tornou soberano do Império Parta após os eventos seguintes ao assassinato de Fraates IV da Pártia.

Artabano (Artabanus; Ἁρτάβανος, Artábanos) ou Artabanes (Artabanus; Ἀρταβάνης, Artabanēs[1]) são as formas latina e grega do persa antigo Artabanu (*Arta-bānu), "a glória de Arta". Foi registrado em parta e persa média como Ardavã (em persa médio: 𐭓𐭕𐭐𐭍, Ardawān),[2], em acadiano como Atarbanus (Atarbanuš), em elamita como Irtabanus (Irtabanuš), em aramaico como Artebenu (‘rtbnw), em lídio como Artabana (Artabãna),[3] em armênio como Artavã (Արտաւան, Artawān) e em persa novo como Ardavã (em persa: اردوان, Ardavan).[4]

Fraates IV da Pártia tinha vários filhos legítimos, e uma concubina itálica de nome Termusa, presente de Júlio César.[5] Fraates e Termusa tinham um filho, e Termusa querendo que seu filho sucedesse o pai, convenceu Fraates IV a enviar seus filhos legítimos como reféns para Roma.[5] Fraates IV, porém, não quis esperar a morte do pai, e, com ajuda da mãe, o assassinou, tomando a mãe por amante em seguida.[5] Os persas, indignados pelo parricídio e pela amor não natural entre filho (Fraates V da Pártia) e mãe os expulsaram, e ele morreu.[5] Não querendo ficar sem reis, e precisando de um descendente de Ársaces I da Pártia, eles chamaram Orodes, porém este era muito cruel e foi assassinado.[5] Em seguida, chamaram, de Roma, Vorones, mas rapidamente mudaram de ideia, não querendo ser governados por alguém que foi escravo (pois os partos chamavam os reféns de escravos), convidaram Artabano, que era descendente de Ársaces e rei da Média, para ser seu rei.[5]

Houve guerra entre as duas facções e, inicialmente, a maioria dos partas estavam com Vorones, que derrotou Artabano, que fugiu para as montanhas da Média.[5] Mais tarde, Artabano reuniu um grande exército, e derrotou Vorones, que fugiu para a Armênia.[5]

Vorones queria governar a Armênia, e enviou embaixadores a Roma, mas Tibério recusou, diante da ameaça do rei dos partos.[5] Vorones foi enviado a Silano, governador da Síria, e a Armênia foi governada por Orodes, filho de Artabano.[5]

Referências

  1. Gandhi & Husain 2004, p. 44.
  2. Schippmann 1986, p. 647–650.
  3. Dandamayev 1986, p. 646–647.
  4. Ačaṙyan 1942–1962, p. 316.
  5. a b c d e f g h i j Flávio Josefo, Antiguidades Judaicas, Livro XVIII, Capítulo 2, Agora Herodes e Filipe constroem várias cidades em honra a César. Sobre a sucessão dos sacerdotes e procuradores, e o que aconteceu com Fraates e os partas, 4
  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Արտաւան». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Gandhi, Maneka; Husain, Ozair (2004). The Complete Book of Muslim and Parsi Names. Déli: Penguin Books 
  • Schippmann, K. (1986). «Artabanus (arsacid kings)». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 646–647