Arquivo Apostólico do Vaticano – Wikipédia, a enciclopédia livre

Dicastério da Igreja Católica

Arquivo Apostólico do Vaticano
 
Archivum Apostolicum Vaticanum
Imagem de Arquivo Apostólico do Vaticano
Antigo Selo do Arquivo Apostólico Vaticano


Arquivista: Angelo Vincenzo Zani


Prefeito: Sergio Pagano, B.[1]
Vice-prefeito: Paolo Cherubini[2]
Emérito: Cardeal Raffaele Farina, S.D.B.
Arcebispo Jean-Louis Bruguès, O.P.
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Santa Sé · Igreja Católica
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O Arquivo Apostólico do Vaticano (Latim: Archivum Apostolicum Vaticanum; Italiano: Archivio Apostolico Vaticano), denominado de Arquivo Secreto do Vaticano até 13 de Junho de 2020,[3] localizado na Cidade do Vaticano, é o repositório central de todos os atos promulgados pela Santa Sé. Estes arquivos também contêm os documentos sobre a administração do Vaticano, correspondência e livros de papas,[4] processos da Inquisição, e muitos outros documentos que a Igreja Católica tem acumulado ao longo dos séculos. No século XVII, sob as ordens do Papa Paulo V, o Arquivo Secreto foi retirado da Biblioteca do Vaticano e permaneceu totalmente fechado para pessoas não-autorizadas até o final do século XIX, quando foram abertos parcialmente pelo Papa Leão XIII.

Extensão[editar | editar código-fonte]

Estima-se que o Arquivo Apostólico do Vaticano contém 84 km de prateleiras,[5] e existam 35.000 volumes no catálogo seletivo, porém "a publicação dos índices, em parte ou como um todo, é proibida", de acordo com os regulamentos atuais estabelecidas em 2005. Os Arquivos Secretos possuem seus próprios estúdios fotográficos e salas de conservação.

Segundo o Vaticano, o documento mais antigo remonta ao final do século VIII. "Transferências e convulsões políticas quase causaram a perda total de todos os arquivos anteriores ao Papa Inocêncio III."[6] De 1198 em diante, existem muitos arquivos e documentos, embora a documentação seja um pouco escassa antes do século XII. Desde essa data, a documentação inclui itens como o pedido de anulação do casamento de Henrique VIII e cartas de Michelangelo.

Acesso[editar | editar código-fonte]

Adjacente ao Museu do Vaticano, a sua entrada é através da Porta di S. Anna na Via di Porta Angelica. Acadêmicos selecionados podem ter acesso a determinado documento dos arquivos se o pedir com antecedência, assim, ele é notificado se o documento está nos arquivos e é autorizado a vê-lo. O atual Arquivista é o arcebispo da Cúria Romana Angelo Vincenzo Zani, sendo os arquivistas Eméritos: o arcebispo francês Jean-Louis Bruguès, juntamente com o Cardeal-Diácono português José Tolentino de Mendonça.

Abertura dos arquivos[editar | editar código-fonte]

Usualmente, os documentos dos arquivos do Vaticano são disponibilizados ao público após um período de 75 anos. O Arquivo Apostólico do Vaticano ainda está alojado separadamente.

Em 1883, o Papa Leão XIII abriu os arquivos de 1815 ou anteriores para estudiosos não-clericais. (O primeiro historiador leigo a fazer uso do Arquivo Apostólico, foi o historiador do Papado, Ludwig von Pastor.) Documentos foram posteriormente liberados em 1924, até o final do pontificado de Gregório XVI (1 de junho de 1846). Desde então, foram abertos os seguintes documentos:

Em 20 de Fevereiro de 2002, o Papa João Paulo II tomou o extraordinário passo de tornar disponível, a partir de 2003, alguns dos documentos do Arquivo Histórico da Secretaria de Estado (Segunda Seção), que dizem respeito às relações do Vaticano com a Alemanha nazista durante o pontificado de Papa Pio XI (1922-1939). O Vaticano justificou sua ação "para pôr fim à injusta e irreflectida especulação."[7] Em Junho de 2006, o Papa Bento XVI autorizou a abertura de todos os arquivos do Vaticano durante o pontificado do Papa Pio XI.[8]

Arquivistas[editar | editar código-fonte]

Prefeitos do Arquivo Apostólico do Vaticano[editar | editar código-fonte]

  • Giuseppe Garampi (9 de Setembro de 1751 - 27 de janeiro de 1772)
  • Fr. Mario Zampini (1772-82)
  • Fr. Gaetano Marini (1782-1815)
  • Fr. Calisto Marini (1782-1822)
  • Fr. Marino Marini (1815-55)
  • Fr. Augustin Theiner, OSA (6 de Dezembro de 1855 - junho de 1870)
  • Dom Giuseppe Cardoni (8 de Junho de 1870 - Março de 1873)
  • Cardeal Carlo Cristofori (14 de Abril de 1873 - 13 de janeiro de 1877)
  • Fr. Francesco Rosi Bernardini (17 de Janeiro de 1877 - junho de 1879)
  • Joseph Hergenröther (9 de Junho de 1879 - 3 de Outubro de 1890)
  • Cardeal Agostino Ciasca, OESA (13 de Junho de 1891 - Julho de 1892)
  • Luigi Tripepi (19 de Setembro de 1892- maio de 1894)
  • Fr. Peter Wenzel (28 jul 1894 - 24 de maio de 1909)
  • Mons. Mariano Ugolini (29 de Maio de 1909 - Junho de 1925)
  • Fr. Angelo Mercati (22 mai 1925 - Outubro de 1955)
  • Fr. Martino Giusti (1955 - Abril de 1984)
  • Fr. Josef Josef Metzler (24 de maio de 1984 - 1996)
  • Raffaele Farina (25 de maio de 1997 - 25 de Junho de 2007)
  • Sergio Pagano, B. (7 de janeiro de 2007 - presente)

Referências

  1. «GCatholic» (em inglês) 
  2. «GCatholic» (em inglês) 
  3. «Vaticano: Arquivo muda de nome e deixa de ser «Secreto»». Agência ECCLESIA. 28 de outubro de 2019. Consultado em 28 de outubro de 2019 
  4. See Pastor. «History of the Popes, vol. III, 31.» (em inglês). Books.google.com 
  5. «Secret Archives Accessible Online» (em inglês). Zenit News Agency 
  6. «The Vatican Secret Archives: The Past» (em inglês). Vatican website. Arquivado do original em 21 de fevereiro de 2011 
  7. «Vatican Archivists Rush to Declassify WWII Documents» (em inglês). Catholic World News. 20 de fevereiro de 2002 
  8. «Benedict XVI opens Archives on Pius XI» (em inglês). Zenit News Agency. 2 de julho de 2006 [ligação inativa]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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