Ariobarzanes Filorromano – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Para outros significados de Ariobarzanes, veja Ariobarzanes (desambiguação).
Ariobarzanes Filorromano
Ariobarzanes Filorromano
Nascimento século II a.C.
Morte século I a.C.
Cônjuge Atenais Filostorgo I
Filho(a)(s) Isias Filostorgo, Ariobarzanes II da Capadócia
Ocupação monarca

Ariobarzanes, cognominado Filorromano (evidências numismáticas), chamado também de Ariobarzanes I da Capadócia, foi um rei da Capadócia, escolhido pelos capadócios e que governou, de c. 93 a.C. a 63 a.C., com o apoio dos romanos.[1]

Ascensão[editar | editar código-fonte]

Ele tornou-se rei em c. 93 a.C., nos eventos que antecederam as Guerras Mitridáticas, entre Mitrídates VI do Ponto e a República Romana.[1]

Após o assassinato de Ariarate VII, esfaqueado por seu próprio tio, Mitrídates, este colocou seu filho, Ariarate, uma criança, como rei, deixando Górdio, assassino do pai de Ariarate VII, de guardião.[2]

Os capadócios se revoltaram, e chamaram o outro filho de Laódice e Ariarate VI, Ariarate VIII, para reinar, mas Mitrídates o derrotou, exilou, e ele morreu de doença causada pela ansiedade, no exílio.[3]

Nicomedes III da Bitínia então enviou Laódice a Roma, para testemunhar que tinha tido não dois, mas três filhos com Ariarate VI.[3] Mitrídates também enviou Górdio, para dizer que o rei criança, Ariarate, filho de Mitrídates, era filho de Ariarate V, que havia tombado, aliado aos romanos, lutando contra Aristonico.[3] O Senado Romano, percebendo as mentiras dos dois lados, tirou a Capadócia de Mitrídates e a Paflagônia de Nicomedes, oferencendo a liberdade aos capadócios, mas estes queriam um rei, e o Senado escolheu Ariobarzanes.[3]

Exílio e retorno. E de novo exílio e retorno[editar | editar código-fonte]

Mitrídates se aliou a Tigranes, casando Cleópatra, sua filha, com este rei da Arménia. Tigranes avançou sobre a Capadócia, e Ariobarzenes fugiu para Roma. Na mesma época, morreu Nicomedes, e seu filho, Nicomedes IV da Bitínia, foi expulso por Mitrídates, que tomou seus territórios. Nicomedes também fugiu para Roma, e o Senado Romano decretou que tanto Ariobarzanes quanto Nicomedes deveriam ter seus domínios restaurados. Neste momento, Mitrídates formou uma aliança com Tigranes, para lutar contra Roma.[4]

Segundo Apiano, Ariobarzanes foi exilado e retornou duas vezes, o primeiro exílio correspondente aproximadamente a 93 - 92, e o segundo a 90 - 89 a.C..[1]

Primeira Guerra Mitridática[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Primeira Guerra Mitridática

Em 88 a.C.,[1] no vigésimo-terceiro ano de seu reinado, Mitrídates iniciou a guerra contra Roma.[5]

A Capadócia foi ocupada por Mitrídates, Ariobarzanes só voltou a reinar com a paz, em 84 a.C..[1]

Demais guerras[editar | editar código-fonte]

Ele continou reinando, mesmo sendo atacado por Mitrídates, até 66 a.C., quando foi exilado de novo, até ser restaurado por Pompeu.[1] Pompeu, além de devolver a Capadócia a Ariobarzanes, também incluiu como seus domínios Sofena e Gordiena, retiradas do filho de Tigranes, e a cidade de Castabala, além de algumas cidades da Cilícia.[6]

Sucessão[editar | editar código-fonte]

Em c.63 a.C.,[1] ele renunciou e deixou o reino para seu filho,[6] Ariobarzanes II da Capadócia.[1] O nome da sua esposa, descoberto em uma inscrição, era Atenais, e seu filho tinha o epíteto Filopátor.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i William Smith, Dictionary of Greek and Roman biography and mythology, Ariobarzanes, Kings of Capadocia, Ariobarzanes I [em linha]
  2. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.1 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  3. a b c d Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.2 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  4. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.3 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  5. Justino, Epítome das Histórias de Pompeu Trogo, 38.8 [la] [en] [en] [fr] [ru]
  6. a b Apiano, História de Roma, As Guerras Mitridáticas, 105 [em linha]