Argumentum ad ignorantiam – Wikipédia, a enciclopédia livre

A expressão latina argumentum ad ignorantiam (em português: argumento da ignorância, também referida como apelo à ignorância) designa uma falácia lógica que tenta provar que algo é falso ou verdadeiro a partir de uma ignorância anterior sobre o assunto.[1] É um tipo de falso dilema, já que assume que todas as premissas são verdadeiras ou que todas as premissas serão falsas.[2][3] O primeiro uso do termo em questão é atribuído ao filósofo inglês John Locke, no final do século XVII.[4]

Estrutura lógica[editar | editar código-fonte]

  • Não conheço A ou sobre A;
  • Portanto, A não existe ou não serve.

Exemplos[editar | editar código-fonte]

  1. "Nunca encontraram vida fora da Terra, logo, não existe vida fora da Terra".
  2. "Ninguém mais é acusado de corrupção, logo, não existe mais corrupção no Brasil".
  3. "Nunca vi alguém enriquecer com apostas, logo, ninguém enriquece com apostas".

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Philosophy 103: Introduction to Logic - Argumentum ad Ignorantiam» (em inglês). philosophy lander. 24 de setembro de 2009. Consultado em 18 de julho de 2011 
  2. «Apelo à ignorância». Guia de Falácias Lógicas de Stephen Downes. Consultado em 26 de agosto de 2013 
  3. Leônidas Hegenberg; Flávio E. Novaes Hegenberg (2009). Argumentar. Editora E-papers. p. 376. ISBN 978-85-7650-224-1.
  4. Locke, John (1690). «Chapter XVII: Of Reason». Ensaio acerca do Entendimento Humano. 4. [S.l.: s.n.]