Antonio de Cabezón – Wikipédia, a enciclopédia livre

Antonio de Cabezón
Antonio de Cabezón
Obras de música para tecla, arpa y vihuela (Madrid, 1578)
Informação geral
Nome completo Antonio de Cabezón
Nascimento 1510
Origem Castrillo Matajudíos
País Espanha
Gênero(s) Barroco
Renascentista
Ocupação(ões) Compositor
Organista

Antonio de Cabezón (Castrillo Matajudíos, 1510 - Madrid, 26 de março de 1566) foi um organista espanhol e compositor do período da Renascença.[1]

Considerado um dos maiores maestros para música de teclado do século XVI, sua música tem por influência a tradicional música instrumental espanhola e a escola de Josquin des Prez.[2] Ele foi um dos primeiros compositores a utilizar a técnica composicional de Tema e Variação.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cego desde a infância, Antonio iniciou seus estudos no órgão na cidade de Palência, onde seu tio era vigário-geral da diocese local.[3] Em 1526, tornou-se organista e clavicordista da capela real da imperatriz Isabel[4] Em 1548, tornou-se músico de câmara de Carlos V, e de seu sucessor, Felipe II, trabalho no qual permaneceu até o fim de sua vida.[2]

Enquanto músico da côrte, Antonio teve acesso aos mais diversificados instrumentos de sua época e se apresentou nos mais diversos lugares, tocando em recepções e festas de caráter secular até solenes cerimônias religiosas.[5]

Além de músico, Antonio de Cabezón também dava aulas de música para Filipe II e às infantes, Dona Maria e Dona Juana, além de lecionar para seus próprios filhos e para pobres que não tinham condições de pagar por aulas.[6]

Trabalhando para a côrte, Antonio viajou por diversos países da Europa, o que fez com que tivesse contato com renomados músicos de sua época, como Luis de Narváez, Thomas Tallis, William Byrd e Tomás de Santa María.[1][4] Além de conhecer outros compositores, Antonio passou a ser conhecido internacionalmente e, consequentemente, a influenciar outros compositores, como os virginalistas ingleses e organistas como Giovanni Maria Trabaci e Jan Pieterszoon Sweelinck.[7]

Antonio de Cabezón morreu em 26 de março de 1566, em Madrid, e sua morte foi lamentada por toda a côrte. Em seu epitáfio, está escrito, em latim; "O primeiro organista de seu tempo, cuja fama enche o mundo".[8]

Obras[editar | editar código-fonte]

Sua obra constitui-se de 29 tientos (um tipo de Ricercar), diferencias e variações de temas seculares, cantochão, harmonizações em tons salmódicos, peças litúrgicas, danças, magnificats, glosas, algumas peças vocais e composições polifônicas baseada em obras de outros compositores, como suas variações sobre a obra de Guárdame las vacas, de Luis de Narváez.[3][1][4]

As principais publicações sobre sua obra são Libro de cifra nueva (1557), de Luys Venegas de Henestrosa, e Obras de música . . . de Antonio de Cabezón (1578), publicado por seu filho Hernando.[1][4]

Media[editar | editar código-fonte]

Canto del Caballero, interpretação de Robert Schröter

Duuiensela, interpretação de Joan Benson

Referências

  1. a b c d e The Editors of Encyclopædia Britannica. «Antonio de Cabezón.». In: Encyclopædia Britannica, inc. Encylopædia Britannica (em inglês) 
  2. a b Candé, Roland de. (2002). Nuevo diccionario de la música. Barcelona: Grasindo. p. 58. ISBN 9788495601575 
  3. a b Antonio de Cabezón. Portal da Gravadora Naxos (em inglês).
  4. a b c d Teresa Delgado Sánchez. Antonio de Cabezón (PDF) (Relatório) (em espanhol). Madrid: Biblioteca Nacional de España 
  5. Lama, Jesus A. (2011). «Órganos y glosa en la época e Antonio Cabezón.» (PDF). Nassarre. 26: 37-78. ISSN 0213-7305 
  6. Schmitt, Stephan (2011). «Antonio de Cabezón y el comienzo de la música didáctica para tecla con valor artístico.». Anuario Musical. 66: 119-136. ISSN 0211-3538 
  7. Chase, Gilbert (1959). The Music of Spain. New York: Dover Publications. p. 66 
  8. Chase, 1959, p. 68.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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