Antonieta Castelo Branco – Wikipédia, a enciclopédia livre

Antonietta Castello Branco
Nieta
Antonieta Castelo Branco
27.ª Primeira-dama do Brasil
Período 15 de abril de 1964
até 15 de março de 1967
Presidente Humberto Castelo Branco (pai)
Antecessor(a) Sylvia Mazzilli
Sucessor(a) Yolanda Costa e Silva
Dados pessoais
Nome completo Antonietta Castello Branco Diniz
Nascimento 7 de novembro de 1922
Belo Horizonte, Minas Gerais
Morte 31 de outubro de 2010 (87 anos)
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileira
Progenitores Mãe: Argentina Vianna Castello Branco
Pai: Humberto de Alencar Castello Branco
Cônjuge Salvador Nogueira Diniz (c. 1948; v. 1994)
Filhos(as) Carlos Humberto (n. 1949)
Maria Luiza (n. 1951)
João Paulo (n. 1959)
Antônio Luiz (n. 1962)

Antonietta Castello Branco Diniz (Belo Horizonte, 7 de novembro de 1922Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2010), também conhecida como Nieta,[1] foi a primeira-dama do país, de 15 de abril de 1964 até 15 de março de 1967, tendo sido filha do 26.º presidente do Brasil, Humberto Castello Branco.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Família[editar | editar código-fonte]

Nascida na capital mineira, era a filha mais velha do marechal Humberto de Alencar Castello Branco e de Argentina Viana Castello Branco. Possuía um irmão chamado Paulo Vianna Castelo Branco, nascido em 1924.[2]

Casamento[editar | editar código-fonte]

Casou-se em 22 de abril de 1948, no Rio de Janeiro, com Salvador Nogueira Diniz com quem teve quatro filhos: Carlos Humberto, nascido em 1949; Maria Luiza, nascida em 1951; João Paulo, nascido em 1959; e Antônio Luiz, nascido em 1962.

Primeira-dama do Brasil[editar | editar código-fonte]

Nieta perdeu sua mãe em 1963, um ano antes da posse de Castello Branco como presidente e, coube à ela, fazer o papel de primeira-dama do Brasil durante aquele período. Tal situação só havia acontecido antes com as filhas de Rodrigues Alves: Catita e Marieta Alves, entre 1902 e 1906.

Sempre discreta, avessa às fotos e aos holofotes, Nieta não teve grande visibilidade e expressão em seu posto. Acompanhava o pai em diversas solenidades oficiais.

Como primeira-dama esteve à frente das atribuições dos palácios e das cerimônias, como a recepção em 13 de outubro de 1964, ao presidente francês Charles de Gaulle e a primeira-dama Yvonne de Gaulle no Palácio do Planalto. O general de Gaulle, acompanhado do presidente Castello Branco, de Nieta, sua esposa Yvonne e do general Peri Bevilacqua, entrava no Palácio da Alvorada, cujos portões o aguardavam cerca de três mil escolares, representantes de todas as escolas do Plano-Piloto. Os alunos acenavam com bandeiras da França e do Brasil e davam vivas sucessivos ao presidente da França, que acenou demoradamente no povo. O presidente marechal Castello Branco e a primeira-dama Nieta ofereceram, à noite, um banquete ao presidente Charles de Gaulle, seguido de recepção, no Palácio do Planalto. Compareceram ministros de Estado e figuras representativas do corpo diplomático.[3]

Em de maio de 1965, receberam o Xá do Irã Reza Pahlavi e a imperatriz Farah Diba, que fizeram viagem oficial de Estado ao governo brasileiro. O presidente Castello Branco junto à sua filha Nieta, organizaram uma recepção ao casal imperial iraniano.[4][5]

No mesmo ano de 1965, em novembro, recebeu em visita de Estado, o rei Balduíno e a rainha Fabíola da Bélgica, que passaram três dias no país, hospedados no Hotel Nacional.[6]

As Voluntárias[editar | editar código-fonte]

A Organização das Voluntárias, teve como presidente a primeira-dama Nieta Castelo Branco, trabalhando em hospitais e se dedicando a diversas obras sociais. Contava, à época, com 17 mil pessoas em todo o país e possuía 380 núcleos espalhados em todo o território nacional. As voluntárias contavam com 3.600 máquinas de costura em todo o Brasil e faziam caridade com roupas e sapatos, além da alfabetização de adultos e crianças. No Rio de Janeiro, a Organização das Voluntárias funcionava na Capela de Santa Teresinha do Palácio Guanabara, que foi construída por iniciativa da ex-primeira-dama Carmela Dutra.[7]

Últimos anos[editar | editar código-fonte]

Com o fim do mandato do pai, ela passou a ser figura frequente nos acontecimentos sociais do Rio de Janeiro, sobretudo em almoços de senhoras de perfil mais conservador, em que ainda era reverenciada como ex-primeira-dama, mas nunca se esforçou por ser notícia.[8]

Morte[editar | editar código-fonte]

Morreu em 31 de outubro de 2010, no Rio de Janeiro, aos oitenta e sete anos, após uma infecção intestinal aguda, no Hospital Samaritano, onde passou por quatro cirurgias, mas não resistiu.[9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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Precedido por
Sylvia Mazzilli
27.ª Primeira-dama do Brasil
19641967
Sucedido por
Yolanda Costa e Silva