António da Silva Porto – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Não confundir com António Francisco da Silva Porto (explorador português).
António da Silva Porto
António da Silva Porto
Retrato fotográfico de Silva Porto por Artur Benarus.
Nascimento 11 de novembro de 1850
Porto
Morte 1 de junho de 1893 (42 anos)
Lisboa
Sepultamento Cemitério do Alto de São João
Cidadania Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação pintor
Prêmios
Movimento estético naturalismo
Assinatura
Busto de Silva Porto (bronze, por Salvador Barata Feyo)

António Carvalho da Silva (Porto, 11 de Novembro de 1850 - Lisboa, 1 de Junho de 1893) foi um pintor português que mais tarde adoptaria para apelido o nome da sua cidade natal, ficando conhecido por Silva Porto.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de António da Silva Carvalho Porto, latoeiro e cinzelador e de Margarida Carvalho da Silva Porto, bordadeira premiada pela Associação Industrial do Porto, e irmão de Adelina Branca Carvalho da Silva Porto, António nasceu na Rua da Ponte Nova, freguesia da do Porto. Em 1865, aos 15 anos, matriculou-se na Academia Portuense de Belas Artes, instituição onde frequentou vários cursos, sempre com excelente aproveitamento (obteve dezoito valores a Escultura e Pintura Histórica e vinte a Arquitectura) e foi discípulo dos pintores João Correia e Tadeu de Almeida Furtado. Em 1869, participou na X Exposição Trienal da Academia Portuense de Belas Artes.

Estagiou em Paris (1876-1877) junto com Marques de Oliveira, e em Itália (1879). Em 1879 regressou a Portugal. Aureolado de prestígio, foi convidado para ensinar na Academia de Lisboa como mestre de Paisagem. Em 1880 realiza uma exposição de quadros paisagísticos inundados de luz, tendo D. Fernando adquirido o quadro Charneca de Belas. Fez parte do chamado Grupo do Leão, juntamente com António Ramalho, João Vaz, José Malhoa, Cesário Verde, Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro. Entre outros galardões, recebeu a medalha de ouro da Exposição Industrial Portuguesa de 1884 e a primeira medalha do Grémio Artístico.

A sua pintura, cheia de luz e cor, é sobretudo inspirada na própria Natureza. Junto com Marques de Oliveira é um dos introdutores do naturalismo em Portugal. Encontra-se largamente representado no Museu do Chiado, em Lisboa, e no Museu Nacional de Soares dos Reis no Porto.

Existe uma rua em sua honra, com o seu nome, na freguesia de Paranhos, Porto e o Parque Silva Porto na freguesia de Benfica, Lisboa.

Faleceu aos 42 anos, de tiflite, na Travessa da Estrela, número 10, R/C, freguesia da Encarnação, ocorrendo o funeral no Cemitério do Alto de São João. Era casado com Adelaide Torres Pereira (1863-1914), tendo deixado três filhos menores: António, Carlos e Maria.

Obras[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de pinturas de Silva Porto

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Porto, António Carvalho da Silva (1850-1893)». Museu Nacional de Soares dos Reis. Consultado em 4 de setembro de 2012 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre António da Silva Porto