António Madeira – Wikipédia, a enciclopédia livre

 Nota: Se procura António Branquinho da Fonseca, o escritor português, veja Branquinho da Fonseca.


António Madeira
António Madeira
António Madeira (1973).
Nascimento 16 de fevereiro de 1913
Morte 1 de janeiro de 2002
Cidadania Portugal
Ocupação empresário
Prêmios
  • Cavaleiro da Ordem do Mérito Empresarial

António Madeira CvMAI (Tábua, Póvoa de Midões, Vale de Taipa, 16 de Fevereiro de 19131 de Janeiro de 2002) foi um empresário e filantropo português.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Filho de José Madeira e de sua mulher Etelvina Madeira. Irmão de Fernando Madeira, Armando Madeira, José Alves Madeira e de Maria de Lourdes Madeira de Figueiredo. Quando tinha ainda apenas um mês de idade a família mudou-se para Viseu. Aos dez anos foi iniciado, como marçano, na mercearia e padaria do pai na esquina da rua Direita com a rua do Carmo. Quinze anos depois estabelece-se por conta própria no negócio do pai e casa com a fidalga Maria da Conceição Portal Pais de Almeida (sobrinha neta do capitalista Justino Francisco Portal).

Mantendo o negócio de padaria e de mercearia funda a empresa de comércio por grosso de secos (feijão, nozes e avelãs) Celeiro da Beira.

Desde o casamento, e dadas as suas ligações à violencelista Guilhermina Suggia, de quem era amigo, começou a ter gosto pelas antiguidades e tornou-se, então, colecionador e mais tarde antiquário com loja que ainda se mantém aberta no n.º 63 da R. Capitão Silva Pereira.

Destaca-se como o primeiro antiquário português a valorizar o mobiliário rústico da Beira Alta do século XVII.

Participa, a convite de António Costa, na primeira edição da feira de Antiguidades da FIL em 1962, onde era o único antiquário não-lisboeta.

António Madeira começou a fazer réplicas de móveis do século XVII, pois muitos clientes procuravam peças que aliem o gosto antigo com a funcionalidade. Entre os clientes mais assíduos e notáveis conta-se Miguel Torga, que várias vezes visitava a sua loja na R. Capitão Silva Pereira, ou ainda o Professor Aníbal Cavaco Silva.

Foi-lhe dedicado um programa televisivo na RTP "Ensaio". Também foi entrevistado por Vera Lagoa para o Diário Popular e por Natália Correia.

Começa a ter lições de violoncelo com o Cónego Barreiros, fundador do Colégio da Via Sacra, e veio depois a integrar a orquestra do orfeão e a orquestra de Srª Cecília. No entanto abandonou esta última, uma vez que era membro do Rotary Club.

Em Novembro de 1946 funda, com a ajuda de Guilhermina Suggia o Círculo de Cultura Musical de Viseu. O primeiro concentro dá-se no Teatro Avenida em 26 de Novembro de 1946 com a Orquestra Sinfónica Nacional regida pelo maestro Malcom Sherman e com a participação do pianista russo Moiseivitsch.

Nos três anos seguintes foram ainda a Viseu a Orquestra Sinfónica de Paris, a de Wanbergue (Alemanha), e ainda a de Florença. Houve ainda concertos de Guilhermina Suggia, Pierre Fourmier, Alice Ferreira, Genete Leveu, Quinteto de Violinos de Praga, entre outros.

Em 9 de Julho de 1943 entra para o Rotary Club de Viseu vindo a desempenhar diversos cargos directivos.

Ficou conhecido por diversas contribuições filantrópicas e por donativos da sua colecção particular de antiguidades que fez, por exemplo, para o museu do Caramulo.

Com fundos resultantes de um donativo seu o Rotary Club de Viseu instituiu o prémio "António Madeira" atribuído ao melhor aluno de Violoncelo do Conservatório Regional de Viseu (Dr. José Azeredo Perdigão).

A 26 de Janeiro de 1949 foi feito Cavaleiro da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial.[1]

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "António Madeira". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de março de 2016 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Notas biográficas de António Madeira "Rotary Club de Viseu" 1993.
  • Libretos dos concentros do "Círculo de Cultura Musical de Viseu".
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