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Alexandre Wollner
Alexandre Wollner
Alexandre Wollner (2011)
Nascimento 16 de setembro de 1928
São Paulo, São Paulo
Morte 4 de maio de 2018 (89 anos)
São Paulo, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Ocupação designer gráfico
Logo do Banco Itaú, com características diferentes das projetadas por Wollner
Logo da Klabin

Alexandre Wollner (São Paulo, 16 de setembro de 1928[1] — São Paulo, 4 de maio de 2018[2]) foi um designer gráfico brasileiro.[3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Wollner é considerado o pai do design moderno no Brasil, tendo participado de uma série de entidades importantes no fortalecimento do design.

Quando adolescente, estudou no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo. Devido ao bom desempenho, conseguiu uma bolsa para estudar na recém-criada Escola da Forma de Ulm (sucessora da Bauhaus). Wollner teve seu estilo influenciado pela arte concreta.

Ao voltar ao Brasil, criou, juntamente com Geraldo de Barros, Ruben Martins e Walter Macedo, a FormInform, escritório pioneiro em design no país.

Embora não tivesse o diploma de "designer gráfico" reconhecido, ganhou permissão especial do Ministério da Educação para lecionar em cursos superiores, participando assim, da fundação da primeira escola de design do país, a Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro (ESDI).[4]

Em setembro de 2010, foi agraciado com o oficialato da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo.[5]

Em 1 de maio de 2018, Alexandre Wollner sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi internado no Hospital São Paulo, vindo a falecer alguns dias depois, aos 89 anos de idade.[6]

Logos[editar | editar código-fonte]

Dentre os vários trabalhos desenvolvidos, destacam-se os logotipos das empresas: Itaú, Elevadores Atlas, Sardinhas Coqueiro, Klabin, Ultragás, Philco, Hering entre muitas outros.[7]

Embora as cores e as formas originais do logo do Banco Itaú tenham sido desenhadas por Wollner, elas foram alteradas por Francesc Petit, um dos fundadores da agência DPZ, que sugeriu a cor laranja, a qual seria um suposto agregador de jovialidade, desconsiderando a pesquisa histórica do projeto original.

Concurso do Banco Central[editar | editar código-fonte]

Um que compunha a estampagem da cédula de Um Cruzeiro desenhada por Vollner, em 1966 .

Em 1966 o Banco Central do Brasil realizou um concurso para a escolha das cédulas para o padrão monetário do Cruzeiro (1970–1986) e Wollner foi um do participantes, porém, o projeto vencedor foi de Aloísio Magalhães.[8][9]

Livros publicados[editar | editar código-fonte]

  • 50 anos de design gráfico no Brasil: coletânea de portfólios. Edição Eduardo Viotti. São Paulo: Market Press, 2000.
  • WOLLNER, Alexandre. Alexandre Wollner. Apresentação Roberto A. Schumaker. São Paulo: Senac, 1999.
  • WOLLNER, Alexandre. Design visual 50 anos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

Referências

  1. Cultural, Instituto Itaú. «Alexandre Wollner | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural 
  2. «Pai do design moderno nacional, Alexandre Wollner morre em SP, aos 89 anos». Folha de S.Paulo. 4 de maio de 2018 
  3. «Alexandre Wollner». Tecto. Consultado em 26 de maio de 2013 
  4. Tipografos.net, acessado em 19 de dezembro de 2014.
  5. «DECRETO Nº 56.210». Portal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 17 de setembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2018 
  6. «Pai do design moderno nacional, Alexandre Wollner morre em SP, aos 89 anos». Folha de S.Paulo. 4 de maio de 2018 
  7. Enciclopédia Itaú Cultural, acessado em 19 de dezembro de 2014.
  8. BRASIL, Museu de Valores do Banco Central do. O Museu de Valores do Banco Central do Brasil. São Paulo; Banco Safra S. A., 1988
  9. COLIN, Oswaldo. Brasil Através da Moeda. Rio de Janeiro; Centro Cultural Banco do Brasil, 1995.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AMARAL, Aracy (org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. 357 p., il. p&b.
  • As bienais e a abstração: a década de 50. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1978. [60] p., il. color, p&b. (Ciclo de Exposições de Pintura Brasileira Contemporânea).
  • AYALA, Walmir (org.), CAVALCANTI, Carlos (org.). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - Q - Z. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC: INL, 1973. v. 4, pt. 1, il. p&b. (Dicionário especializado, 5).
  • GULLAR, Ferreira. Arte Concreta. In: ______. Etapas da arte contemporânea: do cubismo à arte neoconcreta. 2.ed. Rio de Janeiro: Revan, 1998. 304 p., il. p&b.
  • NIEMEYER, Lucy. Design no Brasil. 2.ed. Rio de Janeiro: 2AB, 1998. 128 p. (Design).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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