Aleksander Henryk Laks – Wikipédia, a enciclopédia livre

Aleksander Henryk Laks
Nascimento 28 de outubro de 1926
Łódź
Morte 21 de julho de 2015
Rio de Janeiro
Cidadania Polónia, Brasil
Ocupação escritor

Aleksander Henryk Laks, (Łódź, 02 de agosto de 1926 - Rio de Janeiro, 21 de julho de 2015), foi um polonês sobrevivente do Holocausto radicado no Brasil, escritor e palestrante.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Aos 13 anos de idade, em 1939, foi confinado no Gueto de Lôdz, uma área industrial criada pelos nazistas alemães na Polônia com capacidade para apenas 25 mil pessoas . Dos 165 mil judeus que estiveram neste gueto, apenas 1 600 sobreviveram à guerra.

Em 1944 foi enviado para o campo de concentração de Auschwitz juntamente com seu pai, que veio a falecer por doença e maus tratos. Ambos foram selecionados para trabalho forçado. Em 1945, quando parte do campo de concentração foi evacuado pelos nazistas antes da chegada das tropas soviéticas, Laks esteve num grupo de 800 prisioneiros levados a uma das Marchas da Morte, sistema nazista onde prisioneiros eram obrigados a se deslocar por enormes distâncias, a pé, no inverno, sem roupas adequadas ou alimentação, na esperança de que simplesmente morressem. Deste grupo, apenas 50 sobreviveram. Posteriormente foi encontrado e ajudado por soldados franceses.[1]

Foi presidente da Sherit HaPleitá (Associação Brasileira dos Israelitas Sobreviventes da Perseguição Nazista) e autor dos livros "O Sobrevivente – memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz".[2][3] e "Mengele me Condenou a Viver".

A história de Laks também foi contada no livro "Sou Feliz, Acredite!", dos jornalistas Mônica Bernardes e Mauro Tertuliano, editado pela BestSeller (grupo Record), e finalista do Prêmio Jabuti na categoria Reportagem. A obra, lançada em 2010, narra 13 histórias de superação, inclusive a do sobrevivente do Holocausto.

Em 2013, participou como depoente do filme documentário premiado "O Relógio do Meu Avô", do diretor Alex Levy-Heller.[4]

Laks morreu aos 88 anos, no Rio de Janeiro, de complicações decorrentes de uma infecção pulmonar.[5][6]

Referências

  1. «Setenta anos após morte de Hitler, sobreviventes do Holocausto visitarão campo de extermínio». Extra Online. Consultado em 15 de julho de 2021 
  2. «O Sobrevivente». Consultado em 5 de Junho de 2012 
  3. «O sobrevivente: memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz». Consultado em 5 de Junho de 2012 
  4. «O Relógio». alelofilmes. Consultado em 15 de julho de 2021 
  5. «Morre, aos 88 anos, o sobrevivente do holocausto Aleksander Henryk Laks». Extra Online. Consultado em 15 de julho de 2021 
  6. Rio, Do G1 (21 de julho de 2015). «Morre no Rio Aleksander Henryk Laks, sobrevivente do Holocausto». Rio de Janeiro. Consultado em 15 de julho de 2021