Adidas – Wikipédia, a enciclopédia livre

Adidas
Adidas
Adidas
Aktiengesellschaft
Slogan Impossible is nothing (em português: Nada é impossível)
Cotação
Atividade vestuário, acessórios
Fundação
  • julho de 1924 (1924-07) (como Gebrüder Dassler Schuhfabrik)
  • 18 de agosto de 1949 (1949-08-18) (como Adidas)[1]
Fundador(es) Adolf Dassler
Sede Herzogenaurach, Baviera, Alemanha
Área(s) servida(s) mundo
Pessoas-chave
Empregados 53,731 (2014)[2]
Produtos calçados, roupas esportivas, equipamentos esportivos, produtos de higiene pessoal
Divisões Adidas Originals
Subsidiárias
  • Runtastic
  • Matix
Lucro Aumento0.72 bilhões (2015)[2]
Faturamento Aumento€19.291 bilhões (2016)[3]
Website oficial www.adidas-group.com

A Adidas (estilizada como ɑdidɑs desde 1949) é uma empresa de calçados, roupas esportivas e equipamentos esportivos fundada na Alemanha. Tem o nome de seu fundador, Adolf Dassler, também conhecido pelo apelido de Adi, que começou a produzir sapatilhas nos anos 1920, juntamente com o seu irmão Rudolf Dassler, em Herzogenaurach, próximo de Nuremberg. O nome "adidas" é uma união entre o nickname de Adolf, Adi, e o início do seu apelido, Dassler.[4] A empresa criada pelos irmãos foi fundada em 1920, porém, foi dividida em 1948, dando origem à Adidas e também à Puma, empresa rival fundada por Rudolf Dassler, irmão de Adi.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Adolf Dassler (conhecido como "Adi") começou a produzir os seus próprios sapatos desportivos na cozinha da casa da sua mãe, em Herzogenaurach, Baviera, após o seu regresso da Primeira Guerra Mundial. Em 1927, o seu irmão, Rudolf Dassler (conhecido como "Rudi"), juntou-se ao negócio, que se tornou a Gebrüder Dassler Schuhfabrik (em português, Fábrica de Sapatos Irmãos Dassler) e prosperou.

Durante os Jogos Olímpicos de Verão de 1936, Adi Dassler se dirigiu da Baviera à Vila Olímpica, para convencer o velocista afro-americano Jesse Owens a usar as suas sapatilhas. Owens foi o primeiro atleta afro-americano a ser patrocinado pelos irmãos Dassler. Quando o velocista foi premiado com quatro medalhas de ouro, o sucesso confirmou a reputação dos calçados Dassler entre os desportistas mais famosos do mundo, despertando o interesse de treinadores de várias equipas nacionais.

A separação[editar | editar código-fonte]

Após uma série de disputas pessoais, os irmãos separaram-se oficialmente em 1947, acarretando também a separação da Gebrüder Dassler Schuhfabrik. Rudolf criou uma nova empresa, intitulada originalmente Ruda (iniciais de Rudolf Dassler), que mais tarde é rebatizada Puma.

Adolf, por sua vez, registrou sua empresa como Adidas (iniciais de Adi Dassler).

Adidas Telstar da Copa do Mundo FIFA de 1974.

Após um período difícil com a morte de Horst Dassler, filho de Adolf, em 1987, a empresa foi comprada em 1989 por Bernard Tapie, um empresário francês considerado especialista em resgatar empresas da falência, por 1,6 bilhão de francos franceses (mais de 243 milhões de euros). Tapie decidiu mudar a produção para a Ásia. Ele também contratou a cantora Madonna para a promoção das linhas de produtos da empresa.

Em 1992, Tapie não pôde pagar os juros do seu empréstimo e pediu ao banco Crédit Lyonnais para vender a Adidas mas o banco comprou a empresa para si mesmo, o que é normalmente proibido pelas leis francesas. Aparentemente, o banco estatal tentou fazer um favor a Tapie, tentando livrá-lo dos problemas, já que Tapie era um ministro de Assuntos Urbanos (Ministre de la Ville) do governo francês na época. Esquecendo por que o banco realmente comprou a Adidas, Tapie mais tarde processou-o, porque se sentiu lesado pela venda. Em Fevereiro de 1993, o Crédit Lyonnais comercializou a Adidas para Robert Louis-Dreyfus, um amigo de Bernard Tapie (e primo de Julia Louis-Dreyfus do seriado de televisão Seinfeld). Robert Louis-Dreyfus se tornou o novo presidente da empresa. Ele também é presidente do time de futebol Olympique de Marseille, ao qual Tapie era intimamente ligado.

O próprio Tapie foi à falência em 1994. Ele foi o objeto de diversos processos, principalmente relacionados com manipulação de resultados no clube de futebol. Ele passou seis meses na prisão La Santé em Paris em 1997 depois de ter sido condenado a 18 anos.

Robert Louis-Dreyfus foi muito bem sucedido administrando a empresa até 2001.[carece de fontes?].

Atualmente[editar | editar código-fonte]

Em 1997, a Adidas AG adquiriu o grupo francês Salomon Group, especializado em vestuário para esqui, originando a Adidas-Salomon AG. A empresa alemã também comprou as companhias TaylorMade Adidas Golf e Maxfli, permitindo assim a concorrência com a Nike Golf. Em setembro de 2004, a estilista britânica Stella McCartney lançou uma grife desportiva feminina em parceria com a Adidas, intitulada "Adidas by Stella McCartney". A parceria de longo prazo foi bastante aclamada pela crítica. Em 2005, a Adidas anunciou a venda do Salomon Group à empresa finlandesa Amer Sports, por 485 milhões de euros.

Em agosto de 2005, a Adidas anunciou a compra da empresa Reebok por 3,8 bilhões de dólares.[6] Com a aquisição, a Adidas passou a disputar mercados em condições iguais com a Nike. Em 11 de abril de 2006, a adidas anunciou um contrato de 11 anos para se tornar o fornecedor de vestuário oficial da NBA. O acordo, cujo valor foi estimado em mais de 400 milhões de dólares, substituiu o contrato anterior de 10 anos com a Reebok, anunciado em 2001.

Em novembro de 2021, a Adidas anunciou a entrada no Metaverso ao criar o adiVerse. O metaverso da marca será desenvolvido dentro da plataforma The Sandbox. [7]

Estátua de Adi Dassler, esculpida por Josef Tabachnyk, Nova Iorque, Flagship Store Adidas

Fornecimento e patrocínio[editar | editar código-fonte]

Um par de chuteiras do modelo "Samba", da Adidas

Atualmente, a Adidas é a segunda maior empresa de equipamentos desportivos do mundo. Na Europa, a Adidas é a primeira colocada, mandando para atrás a marca americana Nike. No entanto, é a maior distribuidora de equipamentos desportivos para o futebol, apesar dos grandes investimentos que a Nike tem feito desde que entrou neste mercado, na última década. A empresa distribui os equipamentos de algumas das principais seleções do mundo, como Argentina, Espanha, Itália e Alemanha, além de distribuir boa parte dos vestuários dos árbitros, chuteiras e bolas.

Ainda no futebol, a empresa patrocina a FIFA e a UEFA, e em ligas como a MLS e fornece material para grandes clubes do mundo, na Europa para clubes como o Real Madrid, Bayern de Munique, Arsenal, Juventus, Roma, Manchester United, Benfica, Lyon, Ajax e Celtic, na América do Sul para grandes clubes como os argentinos River Plate e Boca Juniors, os chilenos Colo-Colo e Universidad de Chile e os brasileiros Flamengo, Cruzeiro, Internacional e Atlético Mineiro.

Também fornece os materiais utilizados nas Copas do Mundo da FIFA, tais como bolas (das quais é fornecedora desde a Copa do Mundo FIFA de 1970), coletes de treinamento e uniformes dos árbitros. Um dos recentes lançamentos da Adidas foi a Telstar 18, bola oficial produzida para a Copa do Mundo FIFA de 2018 na Rússia.

Na edição de Copa Libertadores da América de 2013, a Adidas foi quem mais forneceu material desportivo; dos 38 participantes, seis são patrocinados pela empresa alemã, sendo eles Sporting Cristal, do Peru, Millonarios, da Colômbia, Club Universidad de Chile, do Chile, Caracas Fútbol Club, da Venezuela, Fluminense e Palmeiras, do Brasil.[8]

Seleções[editar | editar código-fonte]

Clubes[editar | editar código-fonte]

África do Sul
Alemanha
Arábia Saudita
Argentina
Armênia
Áustria
Brasil
Bélgica
Bulgária
Canadá
Cazaquistão
Chile
Colômbia
Coreia do Sul
Croácia
Dinamarca
Egito
Emirados Árabes Unidos
Equador
Escócia
Eslováquia
Eslovênia
Espanha
Estados Unidos
Estônia
Finlândia
França
Geórgia
Grécia
Hong Kong
Hungria
Ilhas Faroe
Inglaterra
Irlanda
Itália
Japão
Letônia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
México
Moldávia
Montenegro
Noruega
País de Gales
Países Baixos
Peru
Polônia
Portugal
República Tcheca
Romênia
Rússia
San Marino
Sérvia
Suécia
Suíça
Turcomenistão
Turquia
Uzbequistão

Jogadores[editar | editar código-fonte]

Alguns dos melhores jogadores de futebol do mundo — que ainda atuam ou já se aposentaram — são ou já foram patrocinados pela Adidas. Dentre eles, estão: Adrien Silva, Alli, Altidore, Azpilicueta, Bale, Beckham, Belotti, Benzema, Berbatov, Bernardo Silva, Bernat, Biglia, Blind, Bravo, Cambiasso, Casillas, De Gea, Demichelis, De Rossi, Diego Milito, Diego Ribas, Di María, Diego Costa, Dybala, Džeko, Felipe Anderson, Felipe Melo, Forlán, Filipe Luís, Friedel, Gabriel Jesus, Gabriel Paulista, Handanovič, Hernanes, Hummels, Hulk, Immobile, Insigne, Isla, James Rodríguez, João Moutinho, Josué, Jordi Alba, Kaká, Kampl, Kanté, Kompany, Kroos, Kuyt, Lampard, Lamela, Laporte, Lavezzi, Llorente, Lucas Moura, Lugano, Marcelo, Marlos, Matić, Maxi López, Messi, Michel Bastos, Miranda, Mkhitaryan, Morata, Müller, Nacho, Nani, Navas, Neuer, Oscar, Özil, Pizarro, Pjanić, Podolski, Pogba, Rabiot, Ramsey, Rakitić, Raúl Albiol, Renato Sanches, Ricardo Carvalho, Robben, Rui Patrício, Salah, Samuel, Sissoko, Soldado, Suso, Téo Gutiérrez, Tiago, Van Persie, Vela, Victor, Villa, Walcott, Wijnaldum, Welbeck, Xavi, Zambrano.

A Adidas ainda produz chuteiras à mão para Toni Kroos,[9] Kaká, David Beckham, Steven Gerrard, Paul Pogba e Lionel Messi, sendo a única empresa esportiva (junto a empresa americana Nike) que ainda realiza este tipo de trabalho.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Adidas Group History». adidas-group.com. Consultado em 7 de maio de 2014. Arquivado do original em 8 de fevereiro de 2015 
  2. a b «Annual Report 2015» (PDF). adidas. Consultado em 3 de março de 2016 
  3. «Fact Sheet for Fourth Quarter and Full Year 2016» (PDF). adidas. Consultado em 8 de março de 2017 
  4. «Almanaque Nº 40 / Almanaque / Menu / Home - EmbalagemMarca». Embalagemmarca.com.br. Consultado em 29 de dezembro de 2010 [ligação inativa]
  5. «A história da marca adidas». Viledesign.com.br. Arquivado do original em 5 de Novembro de 2013 
  6. «Adidas compra Reebok por R$ 8,9 bi e acirra competição com Nike». Folha de S.Paulo. 3 de agosto de 2005. Consultado em 29 de dezembro de 2010 
  7. «Adidas anuncia entrada no metaverso e token de The Sandbox dispara 30%». Exame. 23 de novembro de 2021. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  8. «Adidas é quem mais fabrica camisas de times da Libertadores». Placar.abril.com.br [ligação inativa]
  9. «Jornal diz que Kroos usa mesmo modelo de chuteira desde que ela foi lançada». UOL. 28 de dezembro de 2021. Consultado em 3 de julho de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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