Aculturação – Wikipédia, a enciclopédia livre

Aculturação (do inglês acculturation) é a interpenetração de culturas.[1] É um termo que foi criado inicialmente por antropólogos norte-americanos[carece de fontes?] para designar as mudanças que podem acontecer em uma sociedade diante de sua junção com elementos culturais externos, geralmente por meio de dominação política, militar e territorial.

Porém, segundo o historiador francês Nathan Watchel, aculturação é todo fenômeno de interação social que resulta do contato entre duas culturas, e não somente da sobreposição de uma cultura a outra. Já Alfredo Bosi, em Dialética da colonização, afirma que esse fenômeno provém do contato entre sociedades distintas e pode ocorrer em diferentes períodos históricos, dependendo apenas da existência do contato entre culturas diversas, constituindo-se, assim, um processo de sujeição social.

A maioria dos autores acredita que a aculturação é sempre um fenômeno de imposição cultural.[2] Trata-se de aculturação quando duas culturas distintas ou parecidas são absorvidas uma pela outra[carece de fontes?], formando uma nova cultura diferente. Além disso, aculturação pode ser também entendida como a absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida. Um exemplo é o Brasil, que possuía originalmente a cultura indígena e que adquiriu, posteriormente, traços das culturas europeia e africana, formando-se, então, a cultura brasileira.

Globalização[editar | editar código-fonte]

Com a crescente globalização, a aculturação vem se tornando um dos aspectos fundamentais da sociedade. Pela proximidade das culturas e rapidez de comunicação entre os diferentes países do globo, alguns autores[carece de fontes?] sustentam que as culturas estão perdendo sua identidade, aderindo em parte a outras culturas. Um exemplo disso são elementos da cultura ocidental que são cada vez mais presentes em muitos países distintos. Embora a aculturação não tire totalmente a identidade social de um povo, especula-se que, talvez, no futuro, não exista mais uma diferença cultural tão acentuada como a aquela que hoje ainda se observa entre os países, em especial entre o Oriente e o Ocidente.

Um exemplo de aculturação: índios Asháninka no Acre combinam o uso de pinturas faciais, roupas e pulseiras indígenas com o uso de relógio e roupas ocidentais

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ferreira, A. B. H. (1986). Novo Dicionário da Língua Portuguesa 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. p. 41 
  2. Silva, M. H. (2006). Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto 
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