A Virgem e o Menino (Van der Weyden) – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Virgem e o Menino Jesus
A Virgem e o Menino (Van der Weyden)
Autor Rogier van der Weyden
Data c. 1435–38
Técnica óleo sobre carvalho
Dimensões 100 cm × 52 cm 
Localização Museu do Prado, Madrid

A Virgem e o Menino Jesus (também conhecida por Virgem de Durán ou A Virgem e o Menino num Nicho) é uma pintura a óleo sobre carvalho datada de c. 1433 atribuída ao pintor flamengo Rogier van der Weyden. Encontra-se no Museu do Prado em Madrid, Espanha.[1] A pintura deriva de outra da autoria de Jan van Eyck, A Virgem e o Menino Jesus lendo, e foi muito imitada posteriormente.[2] Mostra a Virgem sentada, serena, usando um longo e vermelho vestido ornado com dois fios dourados. No seu colo, está o Menino Jesus, a folhear, de trás para a frente, um livro sagrado ou um manuscrito sobre o qual o olhar de ambas as figuras se direcciona. Mas, ao contrário do trabalho de Van Eyck, Van der Weyden não só posiciona a Virgem e o Menino num abside ou nicho gótico, como tinha feito com as suas anteriores representações da Virgem (A Virgem de pé e A Virgem e o Menino Jesus entronizados), mas também os coloca numa saliência projectada, dando, assim, ênfase à sua imagem escultural.[2]

Cristo aparenta ser mais velho do que na maioria das pinturas contemporâneas deste género. O Menino está longe ser ser um bebé, e é representado de forma muito real e fisicamente muito bem desenhado. É retratado como uma pequena criança, sem a suavidade dos retratos da Virgem e do Menino do século X.[3] A pintura é caracterizada pelo estilo escultural que Van der Weyden habitualmente escolhe, e pela sua semelhança na colorização a A Deposição da Cruz ((c. 1435); Madrid) e Retábulo de Miraflores (c. 1442–45; Berlim).

A pintura foi adquirida por Pedro Fernández-Durán em 1899 no Palácio de Boadilla, Madrid. Durán doou o trabalho ao Museu do Prado em 1930.[4]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Museu do Prado
  2. a b Panofsky p. 259
  3. Nosow, 146
  4. Campbell p. 50

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Acres, Alfred. "Rogier van der Weyden's Painted Texts". Artibus et Historiae, Volume 21, No. 41, 2000. 75–109
  • Blum, Shirley Neilsen. "Symbolic Invention in the Art of Rogier van der Weyden". Journal of Art History, Volume 46, Issue 1–4, 1977
  • Campbell, Lorne and Van der Stock, Jan. (ed.) Rogier van der Weyden: 1400–1464. Master of Passions. Leuven: Davidsfonds, 2009. ISBN 978-90-8526-105-6
  • Campbell, Lorne. Van der Weyden. London: Chaucer Press, 2004. ISBN 1-904449-24-7
  • Hand, John Oliver; Metzger, Catherine; Spronk, Ron. Prayers and Portraits: Unfolding the Netherlandish Diptych. Yale University Press, 2006. ISBN 0-300-12155-5
  • Koch, Robert A. "Copies of Rogier van der Weyden's Madonna in Red". Record of the Art Museum, Princeton University, volume 26, issue 2, 1967. 46–58
  • Nosow, Robert. Ritual Meanings in the Fifteenth-Century Motet. Cambridge University Press, 2012. ISBN 0-521-19347-8
  • Panofsky, Irwin. Early Netherlandish Painting: v. 1. Westview Press, 1971 (new edition). ISBN 978-0-06-430002-5
Ícone de esboço Este artigo sobre pintura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.