Ópera Alemã de Berlim – Wikipédia, a enciclopédia livre

Deutsche Oper, 2021.

A Ópera Alemã de Berlim (em alemão: Deutsche Oper Berlin) é um teatro de ópera situado no bairro de Berlin-Charlottenbourg, na capital alemã. Com 1865 lugares, é um dos maiores teatros estatais e abriga a companhia homônima.

História[editar | editar código-fonte]

A história do teatro remonta ao tempo em que era conhecido como Deutsches Opernhaus, inaugurado em 7 de novembro de 1912, com a apresentação de Fidelio, ópera de Ludwig van Beethoven, conduzida por Ignatz Waghalter.

Após a incorporação de Charlottenburg ao município de Berlim, por meio da Lei da Grande Berlim, o nome do teatro foi mudado para Städtische Oper (Casa de Ópera Municipal), em 1925. Depois da tomada do poder pelos nazistas, em 1933, o teatro passou a ser controlada pelo Ministério do Entretenimento e Propaganda, e o ministro Joseph Goebbels mudou seu nome para Deutsches Opernhaus, competindo com a Ópera Estatal de Berlim, em Mitte, sob o controle do seu rival, o Primeiro-ministro Hermann Göring. Em 1935, a construção foi remodelada por Paul Baumgarten, e os lugares foram reduzidos, de 2 300 para 2 098. Carl Ebert, o empresário da companhia antes da Segunda Guerra Mundial, decidiu emigrar da Alemanha e tornou-se o cofundador do Festival de Ópera Glyndebourne, na Inglaterra. A casa de ópera foi destruída por um ataque aéreo em 23 de novembro de 1943. Terminada a guerra, Ebert retornou para a companhia, voltando a ocupar seu antigo cargo.

Após a guerra, a companhia, que estava sediada em Berlim Ocidental, usou o Theater des Westens como residência até a reconstrução do seu teatro. O arquiteto Fritz Bornemann completou o serviço em 24 de setembro de 1961. A produção de reabertura foi Don Giovanni, de Wolfgang Amadeus Mozart, e o teatro foi reinaugurado com o atual nome.

Antigos diretores musicais (Generalmusikdirektoren) incluem Bruno Walter, Kurt Adler, Ferenc Fricsay, Lorin Maazel, Gerd Albrecht, Jesús López Cobos e Christian Thielemann.

Em abril de 2001 o maestro italiano Giuseppe Sinopoli morreu no podium, enquanto conduzia a ópera Aida de Giuseppe Verdi, aos 54 anos.

Em outubro de 2005, o maestro italiano Renato Palumbo foi apontado como novo diretor musical, na temporada 2006/2007.[1] Em outubro de 2007, a Ópera anunciou Donald Runnicles como novo diretor musical, efetivo em agosto de 2009, com um contrato inicial de cinco anos.[2] Palumbo e a companhia aceitaram terminar o contrato em novembro de 2007.[3]

Diretores Musicais[editar | editar código-fonte]

  • Ignatz Waghalter (1912–1923)
  • Bruno Walter (1925–1929)
  • Kurt Adler, maestro residente (1932–1933)
  • Artur Rother (1935–1943, 1953–1958)
  • Karl Dammer (1937–1943)
  • Ferenc Fricsay (1949–1952)
  • Richard Kraus (1954–1961)
  • Heinrich Hollreiser, maestro chefe (1961–1964)
  • Lorin Maazel (1965–1971)
  • Gerd Albrecht, maestro residente (1972–74)
  • Jesús López Cobos (1981–1990)
  • Giuseppe Sinopoli (1990)
  • Rafael Frühbeck de Burgos (1992–1997)
  • Christian Thielemann (1997–2004)
  • Renato Palumbo (2006–2008)
  • Donald Runnicles (2009–presente)

Referências

  1. Ben Mattison (7 de outubro de 2005). «Deutsche Oper Berlin Names Music Director». Playbill Arts. Consultado em 2 de setembro de 2007 
  2. Matthew Westphal (31 de outubro de 2007). «In Sudden Appointment, Donald Runnicles Named Next Music Director of Deutsche Oper Berlin». Playbill Arts. Consultado em 1 de novembro de 2007 
  3. Goldmann, A.J. (dezembro de 2009). «Die Frau ohne Schatten (Berlin, Deutsche Oper Berlin)». Opera News. 74 (6). Consultado em 3 de abril de 2011. Arquivado do original em 23 de agosto de 2011