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Italo Rossi
Ítalo Rossi
Nome completo Italo Balbo Di Fratti Rossi
Nascimento 19 de janeiro de 1931
Botucatu, São Paulo
Nacionalidade brasileiro
Morte 2 de agosto de 2011 (80 anos)[1]
Rio de Janeiro
Causa da morte insuficiência respiratória
Ocupação ator
Atividade 1952–2009

Italo Balbo Di Fratti Rossi (Botucatu, 19 de janeiro de 1931Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2011) foi um ator brasileiro.[2] Descendente de italianos, iniciou a carreira artística na década de 1950, atuando em grandes montagens teatrais, como “Vestir os Nus”; “Pedreira das Almas”, “Panorama Visto da Ponte” e O Beijo no Asfalto. Em 1959, ao lado de Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Sérgio Britto, Ítalo montou a companhia Teatro dos Sete (1959–1965).

Biografia[editar | editar código-fonte]

Família[editar | editar código-fonte]

Rossi em 1959.

Italo Rossi era filho de Iacopina Coppola e Ottorino Umberto Rossi,[3] um casal ítalo-brasileiro que se conheceu "quando o jovem imigrante italiano foi trabalhar na cozinha do hotel de seu avô materno, em Botucatu".[4] Seu pai trabalhou, durante a década de 60, em uma empresa paulista chamada "PNEUAC", que comercializava pneus.[5] Foi também sócio minoritário da Distribuidora Paulista de Pneus, localizada na Alamenda Nothmann, número 1 135, em São Paulo-SP.[6]

Foi o terceiro de quatro filhos, todos homens. Perdeu o irmão mais jovem em 1961, enquanto apresentava no Rio de Janeiro a peça Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau.[3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1959 formou a Companhia Teatro dos Sete, ao lado de Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a peça O Mambembe, de Artur Azevedo. A montagem é considerada pela crítica um marco no teatro brasileiro.

Com o Teatro dos Sete, Ítalo participou do Grande Teatro Tupi, também ao lado dos amigos Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Fernando Torres, Manoel Carlos, entre outros. O teleteatro apresentou um repertório de mais de 450 peças. Depois de seis anos no ar na TV Tupi, o Grande Teatro transferiu-se, para a TV Rio e depois, para a Rede Globo. Foi um programa formador de plateia, e referência na história da televisão e do teatro brasileiro.

Teve atuações importantes em telenovelas como A Escrava Isaura, Que Rei Sou Eu?, Araponga, Senhora do Destino e Belíssima. Também foi o Rei Minos e o General Espadarte em diferentes episódios do seriado Sítio do Picapau Amarelo.

Seu último papel na TV foi no programa humorístico Toma Lá, Dá Cá (2008), da Rede Globo, em que interpretou o personagem Seu Ladir que popularizou o bordão "É mara!" ("É maravilhoso!"). Em janeiro de 2011, comemorou 60 anos de carreira.

Rossi esteve internado desde 31 de julho de 2011 no hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro e morreu, aos 80 anos, no dia 2 de agosto de 2011, devido a complicações respiratórias.[7]

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Em 1961, com Fernanda Montenegro.

Cinema[editar | editar código-fonte]

Ano Título Personagem
1953 Esquina da Ilusão Auxiliar de Rubens
O Homem dos Papagaios
Uma Vida para Dois
1954 A Sogra
Destiny in Trouble
1958 O Pão Que o Diabo Amassou Borboleta
E o Espetáculo Continua Quincas
1959 Arraial do Cabo Narrador
1963 Anchieta, o Apóstolo do Brasil Anchieta
1965 Society em Baby-Doll
1966 Paraíba, vida e morte de um bandido
Ele e o Rabisco Narrador
1967 A Derrota Segundo Chefe
Cara a Cara
1968 Desesperato Homem escoltado [8]
O Engano Primeiro Marido de Cora
1969 O Bravo Guerreiro Conrado Frota
1976 Noite sem Homem Salô
1979 A República dos Assassinos Clemente
1983 Estranhas Relações Dr. Luiz XII
1989 Doida Demais
1991 SD do forcas armadas !
1992 Morte por Água Tirésias
Chão de Estrelas
1997 A Grande Noitada Butuca
2003 Maria, mãe do filho de Deus Caifás
2008 Sexo Com Amor? Padre Ancelmo

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Papel
1963 A Morta Sem Espelho Ulisses
Pouco amor não é amor
1964 Sonho de Amor Fernando Vasconcelos
Vitória Lúcio
1965 Padre Tião Padre Tião
1969 Um gosto amargo de festa
1970 E Nós, Aonde Vamos? Alfredo Ramos
1972 Jerônimo, o Herói do Sertão Coronel Saturnino Bragança
1975 Bravo Paes Duarte
1976 Escrava Isaura José
Vejo a lua no céu Jacinto
1978 Sítio do Picapau Amarelo Rei Minos...episódio: "O Minotauro"
1981 Brilhante Delegado
1982 Sítio do Picapau Amarelo General Espadarte...episódio: "Reinações de Narizinho"
1983 Parabéns pra Você Vice-reitor
1984 Transas e Caretas Gilberto (Braga)
1985 Tudo em Cima Dr. Evandro Sena
1988 Chapadão do Bugre Damasceno Soares
1989 Que Rei Sou Eu? Marquês de Castilha
1990 Araponga Zaca
1993 Olho no Olho Ferreira
1995 Engraçadinha, seus amores e seus pecados Dr. Phocion
1998 Serras Azuis Eleogadário
2000 Esplendor Vicente
2002 Coração de Estudante Juiz Bonifácio
2003 Kubanacan Trujillo
2004 Senhora do Destino Alfred Baskerville
2005 Mandrake Dr. Graff
Belíssima Dr. Fernando Medeiros
2008 Toma Lá, Dá Cá Ladir Miranda

Referências

  1. Morre o ator Ítalo Rossi
  2. «Amigos e família vão ao velório de Ítalo Rossi no Rio de Janeiro». G1. 3 de agosto de 2011. Consultado em 3 de agosto de 2011 
  3. a b Gilberto, Antonio; Jablonski, Ester (2010). ITALO ROSSI: ISSO E TUDO. São Paulo: Imprensa Oficial - SP (IMESP). ISBN 9788570609434 
  4. DE MELO, Olga (2011). Ator, sublime ator (PDF). Revista Carioquice. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Cravo Albin. p. 34. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  5. «DIÁRIO DA NOITE» (PDF). São Paulo. DIÁRIO DA NOITE. 18 de junho de 1964. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  6. «Diário Oficial» (PDF). São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Diário Oficial. 17 de junho de 1950. Consultado em 4 de janeiro de 2020 
  7. R7. «Ator Ítalo Rossi morre aos 80 anos no Rio». 03/08/2011. Consultado em 5 de agosto de 2011 
  8. «Desesperato». Cinemateca Brasileira. Consultado em 23 de dezembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]