Água (elemento) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Símbolo alquimístico da Água.

A água é considerada um símbolo sagrado na maioria das religiões, incluindo o hinduísmo, cristianismo, judaísmo, islamismo, xintoísmo, xamanismo e Wicca. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para baixo.No Cristianismo a água é usada para batismos.

Quase todos os rituais religiosos são realizados na presença deste elemento, geralmente utilizando-se receptáculos como taças, ou simplesmente representados por um rio, lago ou mar,como é o caso dos batismos no cristianismo quando as cerimônias são realizadas em campo aberto, ou seja, na natureza. A água possui um misticismo que envolve quase todas as crenças.

Segundo outras crenças, acredita-se que a água tenha alguns poderes especiais, sendo um dos tattwas, os cinco elementos básicos da natureza. Na religião wicca, a água é tida como um dos símbolos da Grande Deusa, assim como o cálice e o caldeirão.

Nas antigas tradições chinesas, a água é um dos cinco elementos, em conjunto com a terra, o fogo, a madeira e o metal.

Nas religiões neopagãs, como é o caso do druidismo, da Wicca e da Asatrú, também existe a crença na existência de cinco elementos constituintes do Universo, sendo eles o Fogo, a Água, o Ar, a Terra e Akasha, sendo este último a manifestação da Energia Divina.

Na Astrologia[editar | editar código-fonte]

A Água, na astrologia, é um dos quatro elementos que regem o planeta Terra (Fogo, Terra, Ar) e os signos de Câncer, Escorpião e Peixes.[1][2] No zodíaco oriental, a água tem a cor preta, o animal é o tigre branco, tem norte como a direção, rege os três signos: Porco, Rato e Boi. Associa-se ao planeta da água e mensagem, o Mercúrio. Mercúrio rege apenas dois signos do zodíaco ocidental: Gêmeos e Virgem.

No paganismo[editar | editar código-fonte]

A água corresponde ao tattwa Apas, e é simbolizado pela lua crescente prateada.

Possui características opostas às do fogo, como o frio e a retração. Segundo a crença pagã, o fogo e água são os elementos básicos com os quais tudo foi criado. Creem, também, na existência de dois pólos deste elemento:

  • Pólo positivo (+): construtivo, doador de vida, nutriente e preservador;
  • Pólo negativo (-): desagregador, fermentador, decompositor e dissipador.

As religiões atribuem o bem ao lado ativo e o mal ao lado passivo; mas no paganismo, o qual se apresenta sem o maniqueísmo, o bem e o mal não existem, sendo apenas conceitos da condição humana.

Elementais da água[editar | editar código-fonte]

Elemental é o nome esotérico dado aos espíritos existentes na natureza, também conhecidos como seres mitológicos. Dentre os elementais da água que, segundo a crença pagã, seriam capazes de controlar o elemento água e o representar, estão as ondinas, as sereias, a hidra e o hipocampo.

Magia cerimonial[editar | editar código-fonte]

A água e os outros elementos clássicos gregos foram incorporados ao sistema da Golden Dawn.[3] A arma elemental da água é a taça.[4] Cada um dos elementos tem vários seres espirituais associados. O arcanjo da água é Gabriel, o anjo é Taliahad, o governante é Tharsis, o rei é Nichsa e os elementais da água são chamados Ondinas.[5] Refere-se ao ponto superior direito do pentagrama no Ritual de Invocação Supremo do Pentagrama.[6] Muitas dessas associações, desde então, espalharam-se por toda a comunidade ocultista.

Feitiçaria moderna[editar | editar código-fonte]

A água é um dos cinco elementos que aparecem na maioria das tradições wiccanas. A Wicca em particular foi influenciada pelo sistema de magia da Golden Dawn e pelo misticismo de Aleister Crowley, que por sua vez foi inspirado pela Golden Dawn.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Qual o elemento do meu signo e o que isso significa?». Terra. 5 de julho de 2004 
  2. «Fuego, Tierra, Aire y Agua: ¿cómo influyen los 4 elementos del zodíaco en nuestra personalidad?». La Nacion. 16 de julho de 2018 
  3. Israel Regardie, The Golden Dawn, pp. 154–65.
  4. Regardie, Golden Dawn, p.322; Kraig, Modern Magick, pp. 149–53.
  5. Regardie, Golden Dawn, p. 80.
  6. Regardie, Golden Dawn, pp. 280–286; Kraig, Modern Magick, pp. 206–209.
  7. Hutton, Triumph of the Moon, pp. 216–23; Valiente, Witchcraft for Tomorrow, p. 17.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Revilla, Federico (1990). Diccionario de Iconografía. Madrid: Ediciones Cátedra. ISBN 9788437609294 
  • Cirlot, Juan-Eduardo (1991). Diccionario de Símbolos. Barcelona: Editorial Labor. ISBN 9788433535047